loader image

Aprendizagem – Osho

aprendizagem

A aprendizagem não equivale a ter conhecimentos.

A aprendizagem passou a ser demasiado identificada com o ter conhecimentos, mas é o oposto disso. Quanto mais conhecimentos uma pessoa tem, menos capaz é de aprender. Daí as crianças serem mais capazes de aprender do que os adultos. E se os adultos também quiserem manter a atitude de aprendizagem, têm de continuar a esclarecer aquilo que aprenderam. Têm de continuar a deixar morrer o que para eles se tornou conhecimento. Se coleccionarmos conhecimentos, o nosso espaço interior fica demasiado sobrecarregado com o passado. Acumulamos demasiado lixo.

A aprendizagem só acontece quando há espaço para isso. A criança tem esse espaço, essa inocência. A beleza da criança reside no facto de funcionar a partir do estado de não-conhecimento, e é esse o segredo fundamental da aprendizagem: funcionar a partir do estado de não-conhecimento.

Olhe, veja, observe, mas nunca tire uma conclusão. Quando se chega a uma conclusão, a aprendizagem pára. Se já sabe, que mais há a aprender? Nunca funcione a partir da resposta feita tirada das escrituras, das universidades, dos professores, dos pais ou da sua própria experiência.

Tudo o que conhece tem de ser descartado a favor da aprendizagem. Então, continuará a crescer, então o crescimento não tem fim. Então, uma pessoa mantém-se como as crianças, inocente, cheia de deslumbramento e temor respeitoso até ao fim. Mesmo que esteja a morrer, continua a aprender. Aprende a vida e aprende a morte. E a pessoa que aprendeu a vida e aprendeu a morte vai além das duas; passa para o transcendente.

A aprendizagem é receptividade e vulnerabilidade. A aprendizagem é abertura, não conclusão.

Osho, in O livro da criança

As Aventuras de uma Míope #13 – O mundo não é um lugar perigoso

perigoso

1

13º Artigo da série “As Aventuras de uma Míope

Uma das razões pela qual eu não me permito ver claramente é ter medo do mundo que me rodeia. Ainda não sei o que me fez acreditar que o mundo é um lugar perigoso, mas sei que isso faz parte do meu conjunto de crenças.

Ao longo do meu processo de melhoria de visão, fui prestando atenção àquilo que conseguia ver mais claramente. Depressa me apercebi que não consegui focar as expressões faciais das pessoas, se elas se encontrassem longe de mim. Multidões faziam-me ficar ansiosa, stressada e a minha visão piorava significativamente.

Então, apercebi-me do meu medo das reacções que os outros têm de mim. Apercebi-me que tenho medo que me façam mal e que me prejudiquem.

No fundo, fui passando por algumas experiências que comprovavam esses meus medos.

Mas vejamos. Se eu semear milho, vou colher milho, certo? Se pensamentos são sementes e a emoção, digamos, é a água que os permite crescer, ao longo deste tempo todo eu estivesse apenas a colher o que semeei.

A vida apenas espelhou aquilo que eu acreditei.

Agora que identifiquei isto e com a ajuda do workshop “O Poder de Querer Mudar” e as suas ferramentas, posso dizer-vos que consigo ver a vida com mais amor.

Num dia destes, desloquei-me  para um local cheio de pessoas e para minha surpresa aquela multidão não me assustou. Consegui ver mais claramente do que antes e não me senti insegura.

Se consegui aquela postura naquele dia, com certeza consigo alcançá-la sempre.

No fundo tenho que ver a vida como ela me vê sempre: com amor, confiança e gratidão.

Ângela Barnabé

E se eu quiser ser rica?

rica

Desde pequena oiço as pessoas maldizerem dinheiro. Afirmavam que o dinheiro faz as pessoas más, que destrói famílias, que os ricos são maus…

Então, eu no meu íntimo gravei a informação que o dinheiro era mau e na minha mente coloquei um grande NÃO em cima do dinheiro. No fundo eu queria mais dinheiro, porque ambicionava desenvolver projectos e sonhos; mas como estava gravado que o dinheiro era mau, por muito que eu trabalhasse para o ter, nunca o conseguia.

Neste momento, encontro-me numa fase da minha vida em que preciso de muito dinheiro. Porquê? Tenho sonhos e projectos e esses sonhos não podem ser concretizados sem dinheiro.

Ontem após o workshop “O Poder de querer mudar” pensei para mim: “Porque é que permiti que crenças negativas manchassem uma coisa tão bela e tão poderosa?”

O que é que há de tão mau no dinheiro? Nunca vi o dinheiro prejudicar ninguém… Mas vi a felicidade nos olhos de quem, com o dinheiro que ganhou, pôde alimentar a sua família. Vi alguém a comprar o carro de sonho ou fazer a viagem de uma vida.

O dinheiro é uma energia que me permite criar tudo o que quiser, independentemente do que seja.

Em vez de rotular o dinheiro como mau e assim lançar o meu poder criador para o lixo, tenho que mudar a minha mentalidade sobre o dinheiro e principalmente mudar a intenção com que faço as coisas.

Quero dinheiro para não ter problemas? Para não ter que trabalhar? Para passar a vida de papo para o ar a ser um parasita da sociedade?

Ou quero dinheiro para deixar um legado no mundo e começar uma mudança positiva, que irá deixar o mundo melhor?

Se não fosse o dinheiro não estava aqui a escrever este artigo. E se não fosse dinheiro não podia ir comer uma maravilhosa refeição de seguida.

Ontem tive que rever a minha perspectiva de vida. E sabem o que eu vi?

O problema não é o dinheiro… O problema sou eu.

Ângela Barnabé

A responsabilidade é liberdade

responsabilidade
Que conceito à partida tão estranho, não é?

Sempre me foi incutido que a responsabilidade estava associada a uma prisão.  Quando me falavam em assumir responsabilidade no meu trabalho, na minha vida, eu associava sempre à perda de liberdade.

Com o avançar do meu processo de melhoria de visão (ou seja, à medida que fico mais consciente), fui mudando o meu conceito de responsabilidade.

Imaginemos que a responsabilidade da minha vida está nas tuas mãos. Se eu não estiver satisfeita com a forma como a minha vida está a fluir, não posso fazer nada pois és tu quem estás a decidir como a minha vida se desenrola, certo?

Com o passar do tempo, fui passando o comando da minha vida a outras pessoas. Deixei que o que elas fazem decidisse como eu me sentia. Deixei que as condições meteorológicas definissem o meu estado de humor. Culpei os outros da forma como eu me comportei e das decisões que fui tomando.

Então, cheguei a um ponto em que a responsabilidade da minha vida estava nos outros. E eu não era livre. Não porque os outros me prendiam, mas sim porque eu me tinha desresponsabilizado.

Quando comecei a abordar a minha vida de uma outra forma, tive que assumir novamente o comando da minha vida. Como é que eu podia mudar a minha forma de lidar com as emoções se eu dizia para mim que eram os outros que as causavam? Como podia melhorar a minha visão se achava que a miopia tinha caído do céu?

A responsabilidade é liberdade. É criar aquilo que realmente quero e usufruir da vida a plenos pulmões.

A vida é uma viagem. Só posso escolher o seu rumo, se decidir conduzir até lá.

Ângela Barnabé

Coisas que aprendi nos 20 anos da minha vida #4 – As minhas limitações são as minhas bênçãos

limitações

Desde que criei as “As Aventuras de uma Míope” com o intuito de partilhar a minha experiência de melhoria de visão, pensei muitas vezes se devia estar a publicar coisas tão pessoais e principalmente coisas que considerava fraquezas e limitações.

Sempre me foi dito que não me devia expor, que devia apenas mostrar aquilo que queria que fosse visto e nada mais. Os meus medos, inseguranças, os meus pensamentos e os meus momentos “menos bons” deviam ser guardados e só partilhados com alguém íntimo.

Mas comecei a ver que não podia ser íntima com ninguém. Partilhava a casa com outras pessoas que eu considerava próximas, mas mesmo assim filtrava aquilo que partilhava com elas, comportava-me da mesma maneira que com as pessoas que não me eram próximas.

Então decidi começar a partilhar um pouco mais de mim com os que me rodeiam e mais tarde com todos os que queriam ler os meus artigos.

Foi uma decisão muito importante e com ela aprendi que:

A melhor coisa que eu posso partilhar com o mundo é a minha experiência. Eu sei muitas coisas, tenho muito conhecimento e praticamente todas as pessoas com as quais eu me relaciono e que estão dentro do projecto sabem aquilo que eu sei. Mas a minha experiência ninguém tem. Podemos partilhar os mesmos problemas, mas a forma como eu me sinto, penso e faço relativamente a uma determinada experiência é sempre diferente. Quando eu partilho a minha experiência com o mundo eu estou a dar uma parte de mim.

Admitir as nossas fraquezas e rirmo-nos delas é muito importante. Durante muito tempo criei a imagem de menina perfeita, de alguém que nunca erra. E isso era tão doloroso. Eu tenho os meus momentos menos felizes. Quero as coisas à minha maneira. Por vezes comporto-me como uma criança imatura. É tão libertador deixar cair as máscaras, deixar-me de fingimentos e ser quem eu sou.

Se há traços em mim que quero melhorar? Claro, melhorar a cada dia que passa é um dos meus objectivos. Mas penso que a melhor forma de melhorar é aceitar aquilo que eu sou. Agradecer todas as partes de mim que não gosto é a melhor forma de passar a amá-las.

As minhas limitações são as minhas bênçãos: já escrevi um pouco sobre esse tema, focando especialmente a miopia. No fundo aquilo que eu achava melhor em mim só me trouxe deceções e ilusões; o que eu achava pior em mim trouxe-me crescimento e principalmente realização.

Não estamos aqui para ser perfeitos. Todos temos as nossas limitações, os nossos medos.

Em vez de investir energia a esconder as minhas limitações, escolho cada vez mais utilizá-la na realização dos meus sonhos.

Ângela Barnabé

Pin It on Pinterest


Deprecated: Directive 'allow_url_include' is deprecated in Unknown on line 0