by Ângela Barnabé | Ago 24, 2017 | Reflexões Diárias
Lembro-me que em pequena que dava muita importância à coerência.
E o que era para mim coerência? Aquilo que dizia, sentia e pensava estavam em harmonia.
Por vezes, quando as figuras que eu considerava autoritárias diziam aquela famosa frase: “Faz o que eu te digo e não faças o que eu faço” sentia-me enganada, pois sentia que havia algo errado naquela postura em relação à vida.
Quando há quatro anos comecei a ver a vida de forma diferente, comecei a mudar diversos conceitos. Pensava então que a mudança estava concluída e comecei a escrever e a falar sobre esses novos conceitos.
Passado algum tempo, voltava a mudar esses conceitos, pois há medida que eu expandia a consciência, via esses mesmos conceitos de uma forma mais ampla. E então, voltava a falar dos novos conceitos.
Mas, daí a algum tempo, a situação voltava a acontecer e eu sentia-me constrangida de falar sobre a nova mudança.
Surgiu então dúvida na minha mente: será que eu estou a ser coerente? Agora digo uma coisa, daqui a pouco outra? Estou a tornar-me num “faz o que eu te digo, não faças o que eu faço?”.
Fiz esta pergunta e a resposta foi simples:
Há medida que mudas, vais permitindo que mais luz entre na tua mente, vendo coisas que antes não vias. Entre o tempo em que a mudança acontece, ages de acordo com os conceitos “vigentes”?
Sim, eu tentava ser coerente com os conceitos adquiridos.
Tinha aí a resposta. A mudança é compatível com a coerência, pois eu agia consoante aquilo que acreditava. E quando mudava aquilo em que acreditava, mudava a forma como agia.
Aí o dilema dissipou-se. Ainda hoje me acontece escrever um texto ou partilhar uma ideia, que tempos depois deixa de estar desatualizada.
“Não há vida sem mudança”, diz António Fernandes.
Como é que ideias de há dez anos atrás podem funcionar hoje, depois de tanta coisa ter mudada?
Abrir a mente e deixar a luz entrar é essencial para uma vida de abundância, prosperidade e amor!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Ago 21, 2017 | Inventários
Aqui estou eu a poucos dias do fim do mês de agosto, a fazer o inventário do mês de julho.
Hoje não vou falar daquilo que aprendi em julho, pois sinceramente as aprendizagens do mês de agosto estão mais presentes.
É engraçado o quão facilmente eu perco bons hábitos e quão facilmente ganho maus hábitos.
Escrever estes inventários, bem, escrever no geral, ajuda-me a cimentar os conceitos, ou seja, a definir aquilo que eu vou aprendendo e construir a base para novas aprendizagens.
Mas, depressa esqueço esses benefícios e acomodo-me à zona de conforto. E depois sinto-me mal por não ter continuado a fazer tarefas que me fazem bem.
Hoje decidi fazer diferente. Em vez de continuar com o mau hábito de me culpar por perder bons hábitos, estou aqui a escrever sobre isso mesmo, fazendo um inventário mensal, numa altura pouco convencional.
Criei um bom hábito, não sei por quanto tempo.
Até ao próximo inventário (daqui a uns dias).
Obrigado julho e bem-vindo agosto….
Aproveito para deixar-vos o link do Workshop Gratuito “Ser para Ter uma Mente Criativa!”. Clica aqui para saberes mais.
Podes ler os artigos do mês de julho clicando aqui!
by Ângela Barnabé | Ago 14, 2017 | Coisas que aprendi nos meus 20 anos de vida
Porque é que os atalhos não resultam?
Todos os dias, enquanto trabalho procuro maneiras mais simples de fazer aquilo que tenho que fazer. Até mesmo nas tarefas da casa, a procura de simplificar os afazeres está presente.
Mas e quando a procura de tornar as coisas mais simples se transforma na procura de atalhos?
Há de facto uma grande diferença entre fácil e simples; e procurar um atalho não é a mesma coisa que procurar uma forma de simplificar uma tarefa.
Atalho é querer fazer uma coisa sem ter que passar pelo processo de fazer algo acontecer; simplificar é encontrar uma forma mais simples de passar por determinado processo.
No fundo, procurar um atalho é não querer fazer o que é preciso.
E em que é que isso se traduz? Na maior parte das vezes, apercebo-me que o atalho levou-me a um beco sem saída e lá vou eu ter que voltar atrás, e recomeçar tudo de novo. E por vezes, a “estupidez” é tanta que tento fazer as coisas por um atalho diferente e adivinhem o que acontece? Tenho que começar de novo!
Voltando à pergunta que me fiz hoje, “porque é que os atalhos não resultam?”, cheguei à conclusão que se estamos a passar por uma determinada experiência, foi porque a escolhemos.
Se a escolhemos a única forma de a resolver é passando por todos os passos que a compõem. Podemos mudar a forma como vemos a experiência, seja ela uma tarefa ou a resolução de uma situação com alguém, mas não podemos “fugir” àquilo que temos que vivenciar.
Se não estamos satisfeitos com a experiência, podemos, de forma a “eliminá-la” da nossa vida, responsabilizarmo-nos a 100%.
A vida não tem atalhos; tem ferramentas para aprendermos a lidar com aquilo que vivenciamos.
Afinal, que piada tem ganharmos o jogo sem percorrermos todos os desafios de cada nível?
Ângela Barnabé