by Ângela Barnabé | Jun 22, 2018 | 2018

Muitas vezes questionava o porquê de as coisas acontecerem. Não questionava o que eu poderia estar a criar na minha vida, mas duvidava da capacidade da vida de me dar coisas que eu realmente gostasse e que me fizessem bem.
Estava tão cega e tão imersa na ilusão do vitimismo que não percebia que eu, para além de estar a criar situações que eu não queria experienciar pelo foco constante nisso, resistia às coisas que aconteciam, muitas vezes sendo elas mesmo oportunidades para a mudança.
Mesmo com uma postura de resistência em relação a tudo, a vida sempre me trouxe as melhores oportunidades. Mas eu, com a mania que o universo estava contra mim, via tudo como se fosse um castigo.
Olhando para aquilo que aconteceu no passado, agora com uma visão diferente, vejo que aquilo que eu queria não vinha porque não era o melhor, e aquilo que me era apresentado era aquilo que eu precisava no momento.
Hoje, se estiver atenta, posso ver quais são os caminhos para onde a vida me leva.
Não numa postura de indiferença e de deixar andar, mas sim com uma postura de um ser que faz parte deste maravilhoso universo e que ao entregar-se ao fluxo e processo da vida é sempre direcionado ao melhor resultado possível.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jun 21, 2018 | 2018

Antes de tomar alguma decisão, o melhor a fazer é confiar.
Escrevo isto tendo em mente todas as vezes em que tomei decisões com base no medo ou na dúvida e que criei um “problema” ainda maior do que o que queria resolver e vi-me embrulhada na dúvida e no medo.
Ou então as vezes em que manipulei as coisas para evitar passar por situações e depois senti-me mal por saber o que fiz e por não ter aproveitado uma oportunidade para trabalhar a minha segurança.
Eu ainda tenho medo, ainda me sinto insegura; isso ainda faz parte da minha realidade porque ainda estou agarrada a uma visão dualista da realidade.
Mas quando tenho oportunidade (quase todos os segundos da minha vida) posso escolher confiar em vez de controlar.
Tal como já escrevi várias vezes, é um treino. Pratiquei quase 17 anos de controlo e desconfiança. Mas agora, se escolher confiar contribuo para uma cada vez mais quantidade de tempo a confiar.
Pode ser que um dia desperte totalmente e o medo e a dúvida simplesmente não façam parte da minha vida. Mas hoje, enquanto ainda “estão cá”, eles dão-me a possibilidade de escolher.
Posso escolher o que fazia antes e que nunca funcionou; ou posso escolher aquilo que sei que funciona: confiar em primeiro lugar!
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jun 21, 2018 | 2018

Tem sido um treino grande confiar e deixar fluir. Não por não ter motivos para isso, mas porque ainda tenho uma grande tendência para controlar.
Essa tendência só vai mudar quando eu mudar a forma como lido com a vida e quando eu decidir escolher algo diferente.
Existe um momento decisivo: aquele momento em que um pensamento me vem à mente e em que eu tenho escolher se alimento o pensamento ou se o deixo ir.
Pensamentos como os de dúvida (falta de confiança) são muito destrutivos e podem “minar” completamente um projeto, uma ideia, um sonho…
Tenho praticado o não alimentar pensamentos (muito importante); colocar uma postura de certeza e autoconfiança; viver o agora…
É muito comum deixar-me envolver pelas coisas do dia-a-dia e perder-me em pensamentos e “viver” no passado ou no futuro.
Mas só vindo para o agora, só quando confio e quando deixo fluir é que me sinto realmente satisfeita com a minha realidade.
Controlar pode parecer resolver problemas, mas apenas cria mais problemas, mais desconfianças e mais ansiedade.
O salto pode parecer grande; passar de ter as coisas na minha mão (nunca estiveram, mas a ilusão é de que isso acontece), para entregar e apenas deixar fluir. Mas o salto não é assim tão difícil de dar e as mudanças ocorrem instantaneamente.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jun 21, 2018 | 2018

Todos nós fomos ensinados a catalogar e a rotular, ou seja a julgar. Seja as pessoas, as situações ou a nós mesmos; o julgamento está sempre presente.
Muitas vezes no dia-a-dia esqueço-me da importância de não julgar, principalmente de não julgar os outros pelas suas decisões e pelas suas escolhas.
Quando comecei a ver a vida de uma maneira diferente, achava que era de uma certa forma superior e que todos deveriam seguir a minha maneira de viver, pois essa é que era a maneira certa.
Não poderia estar mais cega e com uma maior ilusão relativamente ao caminho que estava a palmilhar.
Cada um tem o seu percurso. É um pouco “complicado” ver pessoas tomarem decisões que as podem levar a um caminho de sofrimento, mas quem sou eu para julgar?
Quem sou eu? A dona da verdade que sabe o que é melhor para cada um? Ou sou alguém que está a aprender a confiar e a viver uma vida plena, usando para isso não só a minha experiência como a experiência dos outros?
Costumo dizer que se resulta não é “estúpido”. Ou seja, se as minhas escolhas de vida me trazem bem-estar e se me considero alguém realmente realizado, então é porque o que eu estou a fazer está a resultar.
Aquilo que os outros escolhem diz-lhe respeito a eles e é o respeito e o desapego em relação aos outros que os permite mudar e viver a vida que realmente querem.
Obrigado!
Ângela Barnabé
by Ângela Barnabé | Jun 19, 2018 | 2018

Quando comecei a mudar a minha maneira de ver a vida, comecei também a mudar os meus hábitos e a forma como agia. Mas, nem sempre a tendência era para agir consoante a nova consciência.
Aliás, mesmo hoje, por vezes dou por mim a resistir em vez de fluir; negar em vez de aceitar; vitimizar-me em vez de me responsabilizar…
O primeiro impulso é fazer as coisas da maneira que sempre fiz (ainda que eu saiba que isso não funciona), mas o que contribui mais para o resultado final e para o desenrolar de uma de situação é se eu continuo com a tendência ou se decido agir de uma maneira diferente.
Por exemplo, vamos imaginar que eu sempre fico irritada quando tenho que ficar numa fila de espera. Quando me deparo com uma fila, a primeira tendência pode ser a irritação, mas rapidamente posso transmutar isso para algo diferente.
Posso escolher praticar a aceitação e aprender a lidar com o facto de estar numa fila.
O importante é escolher conscientemente. Essa escolha pode não ser a primeira e pode não surgir imediatamente, mas devo fazê-la o mais rapidamente possível.
Se alimento o padrão antigo ele continuará a prosperar na minha vida. Mas se eu mudar as minhas decisões sempre que tenho essa oportunidade, uma nova consciência será alimentada e aos poucos será a única a existir.
Obrigado!
Ângela Barnabé