
Aqui estou eu para mais uma intenção para a semana. Este início de ano tem sido felizmente bastante “atribulado” e por isso só agora estou a publicar pela primeira vez em 2025! Em breve conseguirei partilhar o inventário do ano de 2024 e as intenções/objetivos para este novo ano.
Voltando à intenção para esta semana, decidi que é urgente libertar-me do julgamento. Não é que isso não devesse ser sempre uma prioridade, mas analisando os últimos acontecimentos na minha vida, sinto que é algo que me devo focar com mais atenção.
O julgar impede-me de estar aberta às infinitas possibilidades que existem ao meu dispor. Faz-me criar conceitos em relação aos acontecimentos e às pessoas e “obriga-me” a comportar-me de acordo com eles. No fundo o julgamento é como se fosse um escafandro que não me permite entregar à vida.
É muitas vezes tentador rotular algo como bom ou mau, segundo os meus conceitos. É quase automático julgar o porquê dos outros se comportarem de uma determinada maneira. Parece bastante natural resistir às ideias que não partem de mim e fechar-me a novas perspetivas.
Mas a verdade é que todas essas tendências estão bastante longe daquilo que é natural. O natural deveria ser ver as coisas como elas são, e agir consoante tudo se desenrola, sem criar rótulos. O natural deveria ser aceitar as pessoas como elas são, sem criar “ses” e “porquês”. O natural deveria ser estar aberta àquilo que a vida me traz e permitir-me mudar à medida que tudo vai fluindo.
Portanto, a intenção para esta semana é libertar-me do julgamento. Libertar-me da tendência de tentar perceber as situações, de rotular os acontecimentos e as pessoas.
Para encerrar deixo-vos uma história, que ouvi há alguns anos e que, ao escrever este texto, me recordei:
“Era uma vez um agricultor chinês. Um dia, fugiu um dos seus cavalos e os seus vizinhos, preocupados vieram ter com ele, para o confortar perante um acontecimento tão mau. Mas, o agricultor, ao ver os seus vizinhos com um postura tão negativa, apenas disse: “Isto pode ser bom ou pode ser mau.”
Passadas algumas horas, para espanto de todos, o cavalo que fugiu voltou e trouxe com ele uma manada de cavalos selvagens. Com grande alegria, os vizinhos foram visitar o agricultor, que lhes voltou a dizer “Isto pode ser bom ou pode ser mau.”
No processo de domar os cavalos selvagens, o filho do agricultor caiu e partiu uma perna. Novamente o agricultor apenas afirmou “Isto pode ser bom ou pode ser mau.”
Enquanto o filho recuperava da lesão, foram visitados por oficiais do exército que estavam no processo de recruta de todos os jovens aptos. Como o jovem estava lesionado, permaneceu em casa com a sua família, não tendo sido recrutado. Mais uma vez, após ser abordado pelos vizinhos que souberam da boa notícia, o agricultor afirmou novamente “Isto pode ser bom ou pode ser mau.”
Moral da história, perante qualquer situação, tenho que estar aberta às possibilidades e ainda que algo pareça bom ou mau, a verdade é que as coisas são o que são e só o fluxo da vida é que me irá mostrar o resultado.
Até para a semana,
Ângela


