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decisão de viver

Em criança eu gostava de questionar, de investigar e de discutir ideias. Não se tratava de procurar ter razão, mas sim de procurar a melhor maneira de fazer as coisas.

Com o tempo fui perdendo isso. Não sei se foi pela forma como fui ensinada a viver, mas acabei por me conformar com o que me era apresentado.

Deixei de procurar e passei a queixar-me e a reclamar daquilo que vivia. Não gostava das coisas mas também não fazia nada para mudar. Queria ter as coisas à minha maneira, mesmo quando a minha maneira não me levava a lado nenhum.

No fundo sobrevivia.

Até que um dia tomei a decisão de viver.

Não sei exatamente quando foi, mas aos poucos fui levantando o véu que me impedia de ver as cores que tanto procurei.

Comecei a ver despertar aquela curiosidade de questionar e investigar que foi ficando coberta pelo medo, pela dúvida e pela ansiedade.

Tudo começou com uma decisão, mas isso foi apenas o primeiro passo. A cada dia, aprendo a lidar com mais situações e vou vendo que aquilo que considerei verdade no passado, hoje não faz mais sentido.

A vida é mudança e evolução constante. Para que eu possa vivê-la ao máximo tenho que apenas aprender a fluir com ela.

Obrigado!

Ângela Barnabé 

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