Deparo-me com o medo algumas vezes por dia e em cada momento tenho que decidir o que fazer com ele. Posso usá-lo para criar aquilo que quero; ou posso usá-lo para criar muros e paredes que me irão separar da vida.
Não há outra forma de o fazer: ou enfrento o medo ou deixo que ele ganhe terreno.
Não encaro estas situações como batalhas, pois andar em guerra não é nada inteligente; vejo todos estes momentos como marcos que assinalam a minha evolução.
Posso assinalar mais um pouco de terreno onde cultivo o amor; ou então posso deixar que seja o medo a ser semeado.
Onde há medo, não há amor, e por isso onde um prospera um o outro não sobrevive.
Lidar com o medo não é algo poético, requer firmeza. Por vezes, no meio de todo aquele acontecimento, não dá vontade nenhuma de andar para a frente. Parece que é mais fácil deixar o medo avançar.
Aí entra o meu poder de escolha. Porque ainda que a vontade seja desistir, ainda que me apeteça fingir que não é nada comigo, a escolha é minha.
Não foi fácil aceitar que eu escolhi deixar o medo ser maior que o entusiamo, que fosse maior que a vontade de alcançar os meus objetivos. Mas foi isso que aconteceu.
Agora, com toda esta experiência, posso criar novos objetivos com base no amor e não no medo. Apesar de o medo ainda cá estar ( e penso que irá estar cá até ser necessário), não preciso necessariamente de lhe dar ouvidos.
Posso semear medo e semear amor. Posso colher medo e colher amor. A escolha é minha e as sementes estão nas minhas mãos.
Obrigado por este dia cheio de alegria.
Até amanhã!
Ângela Barnabé