A manipulação foi uma ferramenta que eu “arranjei” para ter as coisas à minha maneira. Principalmente no que tocava a tentar situações ou fazer com que as que eu queria acontecessem, eu utilizava bastante esta “ferramenta”.
Mas sentia sempre que faltava algo ou que as coisas não soavam bem. Parecia que mesmo tendo as coisas “controladas”, não faziam sentido.
No fundo, eu estava a ir contra a forma como as coisas funcionavam. Tal como escrevi na reflexão anterior, tenho duas formas de viver: manipulando e acabando sempre em dúvida ou então confiando e acabando sempre realizada.
Vamos imaginar que eu consigo algo que queria muito através da manipulação. Como é que eu sei que é o melhor para mim? Como é que eu sei se é o momento certo para eu experienciar aquilo que eu quero?
Mas se eu confiar e puser ação, fazendo o que é preciso, sei que, de entre as infinitas possibilidades que existem, a vida trouxe até mim a que eu realmente precisava naquele momento.
A ilusão da manipulação acontece quando eu penso que ao manipular estou a fazer um favor a mim própria ao ter as coisas à minha maneira, quando na verdade estou apenas a bloquear todo o fluxo.
Seja um medo que eu tenha que trabalhar; seja um “conflito interior” que eu tenha que resolver; seja até mesmo a experiência de algo que eu sempre quis que fizesse parte da minha vida; tudo acontece no momento perfeito.
Obrigado!
Ângela Barnabé