Viver para mim tinha a ver com a quantidade de experiências de que eu fazia parte. Quanto mais essas experiências alterassem o meu estado de espírito, mais valia a pena vivê-las.
Tudo aquilo que fosse desconfortável deveria ser evitado, pois apenas aquelas experiências que me agradassem é que deveriam fazer parte do meu dia-a-dia.
Mas isso não era realmente viver.
Viver não é fugir a situações ou procurar apenas o que me agrada. Não é fazer apenas aquilo que gosto, nem não ter que lidar com problemas.
Aquela procura por experiências novas e diferentes era, na maior parte das vezes, uma necessidade de preencher um vazio.
É importante passar por experiências e usufruir ao máximo delas, mas o principal foco deverá ser estar bem. Aí poderei finalmente compreender o verdadeiro significado de viver.
A vida é para ser vivida!
Viver é aprender a lidar com as situações e gostar de tudo o que faço. É ver que para cada problema há uma solução e que independentemente de aquilo que eu esteja a passar no momento, tudo passa.
Posso ver a vida como algo que estará sempre aqui para me ajudar ou posso achar que estou sozinha.
Mesmo nesses momentos em que me considerei abandonada, nada me faltou e tive inúmeras oportunidades de aprender a viver.
A escolha foi sempre minha e continua a ser: posso escolher viver ou sobreviver!
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Simon Matzinger on Unsplash