Algo que eu considero ser uma grande limitação minha é o facto de procurar ter sempre as coisas como certas. O que é que eu quero dizer com isto?
Para mim, o ideal seria ter sempre um plano bem delineado e tudo deveria acontecer consoante esse plano. Caso as coisas fujam àquilo que eu esperava vir a acontecer, ou que não seja possível criar um esquema dos acontecimentos, a minha tendência é resistir e demoro um pouco até “encaixar” as mudanças que acontecem (daí também a minha limitação na visão).
Nos últimos tempos tenho vindo a ser mais “testada” neste sentido, uma vez que tem sido impossível fazer planos e quando os faço, rapidamente são desfeitos. Como isto tem acontecido com bastante frequência, sinto que estou a aprender a desapegar-me daquilo que pré-defini e que, em algumas ocasiões, até fico entusiasmada com as mudanças e reviravoltas da vida.
No outro dia deparei-me com uma frase “Quando nada é certo, tudo é possível.*”. Essa frase fez-me refletir em tudo aquilo que escrevi acima, mas também me levou à reflexão que, muitas vezes de todas as possibilidades que existem, eu não escolho as “melhores”. Porque é que, perante uma determinada situação, em vez de criar como possível uma resolução fácil e fluída, penso sempre na resolução mais complicada? Porque é que muitas vezes ainda me observo a pensar no plano B, certa de que o plano A nunca vai resultar?
Posto isto, e devido a ter tomado consciência que limito sempre as possibilidades na minha vida e que a procura de certezas limita sempre os resultados que posso obter, tenho como intenção abrir-me às possibilidades.
Tudo é possível e se eu deixar de querer controlar o desenrolar do que acontece, irei sempre ser encaminhada para a melhor possibilidade que existe para mim.
Até para a semana,
Ângela
*Margareth Drabble, escritora