Nos últimos meses tenho trabalhado na minha autoestima e por isso tenho trabalhado muito a aceitação.
Foi um caminho que eu sempre resisti e adiei trabalhar, mas foi inevitável passar por esse processo.
Já escrevi sobre como consigo relacionar diversos aspetos às fundações de uma casa e do quão importante é a estrutura de uma construção.
Se eu não me aceitar completamente, mudando a imagem que tenho de mim mesma, tudo o que eu possa fazer (afirmações, pensamento positivo) é tentar construir algo sobre uma grande base de lixo.
Comecei a observar o quanto o facto de não me aceitar interfere em toda a minha vida. Por muito que eu tente dar a volta, vou acabar sempre por tentar agradar, por construir máscaras, por perseguir uma imagem de mim mesma, em vez de ser quem realmente sou e de viver a vida de uma forma plena.
Enquanto uma verdadeira mudança de conceitos relativos a mim mesma não ocorrer, tudo será uma ilusão pois a base é aquela que criou o sofrimento em primeiro lugar.
Quanto mais me aceito, mas sou aceite pelos outros e as minhas relações e os meus atos em relação aos outros são baseados em algo genuíno e não na minha falta de amor próprio.
É horrível mendigar por amor e fiz isso muitas vezes. Ainda consigo sentir o aperto no peito causado por me tentar modificar para receber amor dos outros.
Tem que haver uma altura em que se diz “Basta!” e se começa a fazer o que é realmente necessário, mudar.
Ao dar o primeiro passo, a caminhada já está iniciada e é só seguir caminho, confiante que terei sempre o que é preciso e que todo o amor do mundo está aqui comigo.
Obrigado por este dia cheio de aceitação.
Até amanhã!
Ângela Barnabé