Não sei de onde veio este comportamento. O que é certo é que eu passo muito tempo alimentando aquilo que me faz sentir mal.
No fundo, não procuro ativamente estar mal, mas existem pequenos acontecimentos que despoletam o mal-estar e em vez de naturalmente deixar ir e focar-me noutra coisa, tenho a tendência para os alimentar.
Esta tendência é uma das maiores limitações que eu identifiquei em mim, pois parece que independentemente do que esteja a acontecer, uma parte de mim quererá sempre o que há de pior.
Como descrevi anteriormente não sei de onde isto veio e sinceramente não estou há procura de o descobrir. O que me interessa mesmo é libertar-me disto.
Como? – perguntam vocês e pergunto-me eu muitas vezes.
Desligando a mente e deixando de me identificar com esses estados.
Ainda dou por mim sendo irritadiça e reativa. Identifico-me com isso. E quando acontece algo que despoleta isso em mim a tendência é deixar-me envolver.
Mas isso não sou eu. Isso é um padrão, um gatilho que eu criei e que alimento.
Hoje estive atenta a tudo isto (ontem à noite tomei consciência deste comportamento). Passei por diversas situações que mexeram comigo, mas em vez de agir como antes, escolhi desligar-me de todas as emoções que representam mal-estar e sofrimento.
Estou a escrever este texto e posso dizer-vos que o dia fluiu de uma forma bem diferente. Não aconteceu algo mágico que desligou todo o aparato mental, mas a cada momento fui me sentindo mais presente e principalmente melhor comigo mesma.
Alimentei o bem-estar e estou bem melhor.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Leo Sammarco on Unsplash