Por muito que eu pense que tenho uma ideia do que é bom para mim, a verdade é que a minha consciência ainda se encontra limitada e que não é possível, neste momento, ter uma visão ampla das coisas que me trarão benefício.
Se analisar a forma como ajo, o que penso diariamente e aquilo que vou sentindo, consigo identificar diversos momentos em que não me encontro em sintonia com o processo e fluxo da vida.
Procuro adiar passos fundamentais para o meu crescimento; alimento medos e inseguranças e ainda dou espaço à dúvida; e uma parte de mim ainda procura realização em coisas exterior.
Ao enumerar tudo isto não me sinto mal com estes comportamentos, porque sei que a mudança ocorre através de um processo e é preciso treinar no dia-a-dia a criação de novos comportamentos, mas não posso negar que tudo isto afeta as minhas escolhas e o meu discernimento.
Então como é que eu posso guiar a minha vida se não estou na condição de escolher o que é melhor para mim?
A resposta para esta pergunta é confiar. Confiar que aquilo que vem até mim é aquilo que eu realmente preciso.
Algo que preciso para melhorar algum aspeto em mim, para aprender alguma lição ou até mesmo para aprimorar o meu estado de forma a poder usufruir ao máximo daquilo que são os meus objetivos.
Não é importante buscar o motivo pelo qual as coisas acontecem na minha vida, nem procurar qual é o benefício que posso tirar da situação. Isso é voltar ao ponto de partida.
Tem que haver uma entrega e uma certeza de que o que acontece é o melhor para mim e ainda que eu não saiba muito bem o que algo me está a trazer, agir em sintonia com a realidade que quero experienciar.
Se me quero sentir mais segura, devo agir com segurança. Se quero criar um mundo de amor, tenho que ter o amor em conta quando ajo. Se quero ser uma pessoa melhor, tenho que procurar permitir a melhoria em cada momento, em cada situação.
Grata por mais um dia repleto do que preciso,
Ângela Barnabé