Não digo que é desde sempre, mas a partir de uma determinada altura da minha vida comecei a negar e a resistir à vida. Talvez pelos conceitos que fui criando comecei a ver os acontecimentos através de uma lente que apenas me trazia sofrimento.
Olhava ao meu redor, vendo que não queria nada do que tinha. Apesar de não estar contente com a realidade que vivia, continuava a fazer mais do mesmo, na esperança que a mudança me “caísse” em cima.
Eu achava mais fácil reclamar e culpar os outros e viver na ilusão que tudo o que eu queria me ia dar a felicidade que procurava.
O que eu não via era que a vida me estava a dar aquilo que eu precisava e que tudo aquilo que acontecia tinha um propósito.
Em nenhum momento da minha vida me foi apresentado algo que não fosse para o meu melhor e que não pudesse ser utilizado para crescer e ser alguém melhor.
Aquele conceito que a vida é madrasta toldava-me a visão e em vez de usar a energia dos acontecimentos para a criação de uma realidade melhor, resistia e acabava por me enterrar cada vez mais naquilo que eu não queria.
Basta uma pequena mudança de conceitos para que a vida seja diferente e para que coisas iguais me tragam resultados bem diferentes.
Obrigado!
Ângela Barnabé