Devido a uma consciência bastante limitada da realidade, um dos comportamentos que eu adotei foi deixar que o que os outros pensam ou sentem interfira na forma como me sinto.
Se alguém me desse alguma palavra de apreço ou de valorização, à partida eu iria sentir-me valorizada. Se alguém me criticasse, imediatamente me sentia mal comigo mesma.
Isso complicou-se bastante, pois a única forma de me sentir bem era garantir que os outros se sentissem bem. Isso muitas vezes requeria que eu manipulasse ou controlasse as situações para que toda a gente ficasse satisfeita.
Tive que me “transformar” muitas vezes, “engolir muitos sapos” para que todos ficassem satisfeitos e que finalmente eu tivesse alguma paz.
Mas a paz nunca chegava. Por muito que os outros estivessem bem eu nunca me sentia bem. Colocava o meu bem-estar nas mãos das outras pessoas e o resultado não era muito bom.
Ainda me deparo muitas vezes a deixar que o que eu sinto dependa daquilo que os outros sentem. Mas cada vez mais tomo consciência do quão destrutivo isso é.
A minha responsabilidade não é o bem-estar dos outros. A minha responsabilidade é o meu próprio bem-estar.
Se eu estiver bem, em primeiro lugar, tomarei sempre decisões que trarão os melhores resultados para mim e para os que me rodeiam. Não julgarei e principalmente estarei em amor e gratidão o que permitirá que tudo flua.
É preciso desapegar-me daquelas crenças que me limitam, que me prendem e que não me permitem ser a pessoa feliz que mereço ser.
O meu bem-estar deverá estar sempre em primeiro lugar.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Katya Austin on Unsplash