8º Artigo da série “As Aventuras de uma Míope“
Já mencionei em artigos anteriores dois livros que me ajudaram a melhorar a minha visão: Melhore a sua Visão de Sir Martin Broffman e O Manual de Gestão de Stress de António T. Fernandes. Os dois livros têm sucesso garantido e ambos os autores afirmam que se fizermos o programa iremos ver claramente e mudar a nossa vida, respectivamente.
Então, porque é que eu ainda não vejo claramente e a minha vida não deu uma volta de 180°?
Com esta pergunta não pretendo de forma alguma banalizar todo o trabalho feito por mim, nem mesmo colocar-me no papel de vítima e achar que as coisas deviam ter acontecido de uma forma diferente. O meu objetivo é partilhar a experiência que adquiri com estes dois programas.
E para responder à questão, ao analisar o meu percurso nos últimos três anos cheguei à conclusão que:
O conhecimento só atrapalha: já mencionei isto em artigos anteriores, mas é necessário reafirmar que quanto mais ferramentas temos, menos as aplicamos. A procura constante de novas técnicas para isto e para aquilo não passa de uma fuga. A melhoria constante é importante? Claro que sim. Mas se eu tenho um conjunto de técnicas que me ajudam e funcionam, porque é que hei-de procurar mais?
Seguir sugestões é importante: eu sou uma pessoa muito resistente e se eu ponho na cabeça que uma coisa é assim, ela tem que ser assim, mesmo que o “assado” seja melhor. Mas vê-se bem ao que isso me levou. Antes de ter começado o meu processo de mudança, eu não tinha qualquer perspectiva de futuro (e tinha apenas 16 anos). Portanto se a minha forma de pensar me levou onde eu não queria estar, tenho que mudar a forma de pensar para mudar o sítio onde vou parar, certo? E consigo isso seguindo sugestões. Os livros que mencionei acima estão repletos de sugestões preciosas à mudança. E adivinhem o que eu fiz? Fiz as coisas à minha maneira!
As coisas não acontecem como esperamos, nem quando esperamos: o processo de mudança é diferente de pessoa para pessoa. Devemos libertarmo-nos de qualquer expectativa e se por algum motivo boicotarmos o processo não nos podemos culpar. Aceitamos, rimo-nos da situação e aprendemos algo.
Não é fácil admitir que se alguma coisa não flui na nossa vida, nós somos os responsáveis. Mas, posso garantir-vos que quando o fizerem as coisas vão começar a mudar e irão começar a ver as coisas de uma forma diferente.
Ângela Barnabé
Obrigado amiga, tu és uma Luz no caminho da mudança!