Tenho quase a certeza que já escrevi pelo menos uma reflexão com este mesmo título, mas existem momentos na minha vida em que coisas que já pensei ter tomado consciência ganham uma nova luz.
Eu ainda consigo identificar em mim medo do desconhecido . Cada vez mais vejo o quanto isso é “estúpido”, porque o que é a vida senão um constante entrar no desconhecido? Ninguém sabe o que vai acontecer daqui a um segundo, portanto tudo acaba por ser desconhecido.
Tudo na minha vida aconteceu no momento certo. Nada podia ser mais perfeito. A forma como as coisas fluíram, os sítios para onde a vida me levou…
Nada podia me fazer prever que estaria a fazer o que estou a fazer hoje. Nem nos meus sonhos mais mirabolantes podia conceber que me podia sentir bem comigo mesma e que algum dia ia encontrar um sentido para a vida dentro de mim.
As oportunidades foram aparecendo de forma suave e quando eu me fechei a elas por medo e por insegurança, tudo se encaminhou para que no momento certo eu me deparasse novamente com elas e pudesse desenvolvê-las com uma nova segurança.
No meio de tudo isto fui me tornando em alguém mais seguro, mais responsável e mais feliz. Como é que eu posso não confiar na vida?
Perante provas constantes da perfeição do fluxo da vida, quais são os motivos para não confiar?
Obrigado!
Ângela Barnabé