Aproveitar a vida! – Aprendizagens de 2023
Esta é a primeira das várias aprendizagens que 2023 me trouxe e é aquela que é mais “recente”. Nos últimos dias, de diversas maneiras e de fontes diferentes, a mensagem de que tenho que aproveitar a vida tem estado muito presente e fez-me refletir no que isso significa para mim.
Em primeiro lugar, cheguei à conclusão que o tempo passa muito rápido, mas muito rápido mesmo. Lembro-me de, em criança, pensar que os 18 anos estavam tão longe e agora, com quase 28, olho para trás e vejo que tudo foi um sopro.
Isto traz-me para uma outra reflexão; apesar de sermos ensinados a buscar os grandes acontecimentos na nossa vida, é provavelmente bem mais importante valorizarmos os pequenos. Não digo que os grandes momentos não me tenham marcado; têm a sua importância e ajudaram-me a ser quem sou hoje.
Mas se pensar bem, a maioria dos momentos que construíram a minha vida foram os pequenos, os comuns, aqueles que provavelmente não conseguiria nomear. Portanto, é urgente valorizar e agradecer cada pequeno momento, por muito insignificante que seja, e também valorizar aquilo que tenho no presente, porque tudo passa e aquilo que neste momento é uma verdade e uma constante na minha vida, no instante seguinte pode já não o ser.
Por exemplo, o ser jovem. Quantas pessoas me dizem que gostavam tanto de voltar no tempo e terem a minha idade, para que pudessem novamente experienciar a juventude e tudo aquilo que lhes era possível e que agora já não é.
Sei que o facto de algo ser possível ou impossível tem que ver com as crenças de cada um e não tem necessariamente que ver com a idade, mas a verdade é que eu só vou ter 27 anos uma vez. O tempo não volta atrás…
Ainda há uns dias, estive a limpar umas pastas do meu computador e encontrei umas fotos minhas em adolescente. Lembro-me da pressa que eu tinha de crescer, de ser uma pessoa diferente… É bom querer evoluir e querer ser diferente (no meu caso o querer ser “diferente” significava passar a sentir-me bem comigo mesma), mas sinto que nunca aproveitei ser quem era naquele momento.
Um exemplo disso é que eu não me sentia bonita. Olhava para as mesmas fotografias que revi nestes dias e criticava constantemente a minha aparência. Mas hoje olho para elas e questiono-me do porquê de eu não me achar bonita.
Mas será que hoje não faço isso na mesma? Seja com a minha aparência ou com alguma característica emocional minha; será que eu valorizo quem sou? Ou será que daqui a uns anos vou estar a refletir na mesma sobre isto?
Resumindo: há que aproveitar a vida! Valorizar aquilo que tenho e que sou no momento, agradecer todos os momentos, pois é disso que a vida é feita e ter sempre comigo que tudo passa: tanto aquilo que pode ser considerado menos agradável e que por vezes eu quero evitar, como aquilo com que eu vibro e que gostaria que permanecesse sempre comigo.
Até à próxima,
Ângela