Algo que eu considero ser uma grande limitação minha é o facto de procurar ter sempre as coisas como certas. O que é que eu quero dizer com isto?
Para mim, o ideal seria ter sempre um plano bem delineado e tudo deveria acontecer consoante esse plano. Caso as coisas fujam àquilo que eu esperava vir a acontecer, ou que não seja possível criar um esquema dos acontecimentos, a minha tendência é resistir e demoro um pouco até “encaixar” as mudanças que acontecem (daí também a minha limitação na visão).
Nos últimos tempos tenho vindo a ser mais “testada” neste sentido, uma vez que tem sido impossível fazer planos e quando os faço, rapidamente são desfeitos. Como isto tem acontecido com bastante frequência, sinto que estou a aprender a desapegar-me daquilo que pré-defini e que, em algumas ocasiões, até fico entusiasmada com as mudanças e reviravoltas da vida.
No outro dia deparei-me com uma frase “Quando nada é certo, tudo é possível.*”. Essa frase fez-me refletir em tudo aquilo que escrevi acima, mas também me levou à reflexão que, muitas vezes de todas as possibilidades que existem, eu não escolho as “melhores”. Porque é que, perante uma determinada situação, em vez de criar como possível uma resolução fácil e fluída, penso sempre na resolução mais complicada? Porque é que muitas vezes ainda me observo a pensar no plano B, certa de que o plano A nunca vai resultar?
Posto isto, e devido a ter tomado consciência que limito sempre as possibilidades na minha vida e que a procura de certezas limita sempre os resultados que posso obter, tenho como intenção abrir-me às possibilidades.
Tudo é possível e se eu deixar de querer controlar o desenrolar do que acontece, irei sempre ser encaminhada para a melhor possibilidade que existe para mim.
E aqui estou eu para mais um inventário mensal. E tão estranho pensar que Outubro terminou e que daqui a dois meses iniciamos um novo ano.
Outubro foi um dos meses mais intensos da minha vida e um dos que mais “reviravoltas” trouxe. Comecei um mês com diversas situações pendentes, situações essas que influenciavam diversas áreas da minha vida e sobre as quais não tinha perspectivas nenhumas de resolução. Agora que findou o mês, posso afirmar que todas essas situações estão resolvidas (de maneiras que eu nunca poderia imaginar) e que tudo acontece mesmo no momento certo.
Se há algo que posso retirar destes 31 dias que passaram é que nada é mais importante do que confiar e entregar. Mesmo quando tudo parece não fazer sentido, ao confiar, para além de permitir que o Universo faça a sua parte, sentir-me-ei mais grata, mais conectada e mais serena e evitarei passar por um processo doloroso de controlo, que, para além de atrapalhar todo o fluxo da vida, só me trará sofrimento e mais dúvida.
Portanto, durante o mês de Novembro manterei como propósito o confiar e entregar, bem como o estar grata em todos os momentos.
Quero demonstrar a minha gratidão à forma como tudo se desenrolou na minha vida no mês de outubro e relembrar-me que não estou sozinha, nem materialmente, nem espiritualmente.
Agradeço também a todas as pessoas que fazem parte da minha vida. Graças a elas, aos seus ensinamentos, ao seu acolhimento, procuro e consigo ser alguém melhor a cada dia que passa.
Normalmente Novembro e Dezembro são meses bastante agitados, porque o final do ano corresponde sempre ao encerrar os velhos ciclos e preparar os novos. Se todos os meses até agora foram recheados de movimento, só posso esperar que este final de ano seja ainda mais movimentado que o habitual.
Por isso, tenho como intenção procurar aceitar, agradecer e confiar, estando serena e tendo presente que tudo acontece sempre da melhor maneira possível.
Terminou mais um mês e fica novamente a sensação que o tempo passa muito rápido. Se senti que Agosto passou rápido, Setembro foi um sopro.
E aqui estou eu para partilhar as minhas aprendizagens, as minhas reflexões e a minha gratidão por tudo o que este ciclo de 30 dias me trouxe.
Este mês, apesar de ter sido muito rápido, foi muito intenso. A partilha das intenções da semana (apesar de não ter sempre conseguida) e a consequente procura de melhorar para criar uma realidade melhor, permitiu-me trazer à luz vários aspetos que necessitavam urgentemente de serem trabalhados.
Tal como partilhei anteriormente, tomar consciência que ainda carregava em mim mágoas de coisas que já passaram, fez-me olhar com uma perspetiva diferente para aquilo que aconteceu e perceber que a minha postura é que dita o decurso dos acontecimentos. Não podendo mudar o passado, ou pelo menos não podendo mudar aquilo que aconteceu, posso mudar a forma como vejo os acontecimentos e mais importante que isso posso, neste momento, decidir ter uma postura diferente para que, para além de reciclar o passado, possa criar uma realidade diferente no presente.
Isso leva-me a agradecer todo o meu percurso, todas as pessoas que dele fizeram parte e toda a experiência que fui adquirindo ao longo dos anos. É por vezes “apetecível” julgar aquilo que fiz ou colocar a possibilidade de que as coisas poderiam ter sido diferentes caso eu tivesse agido de forma diferente. Mas isso não muda nada e perpetua o comportamento cíclico de culpa.
Aceitar aquilo que aconteceu, aceitar a forma como agi e as suas “consequências” traz-me paz e serenidade e permite-me tomar decisões mais conscientes sem o peso da culpa e do medo de errar.
Ao longo do mês deparei-me com a tomada de consciência de que o meu maior problema neste momento é a falta de confiança no processo e fluxo da vida. Todos os meus processos e jogadas mentais e todas as minhas preocupações são causadas por isso e desta forma, é algo que eu tenho como intenção trabalhar mais “arduamente” no mês de outubro.
Resumindo, Setembro foi um mês de muito crescimento e de muito movimento, e ao ritmo que tudo anda na minha vida, tenho a certeza que o mês de Outubro irá continuar nesta linha.
Resta-me agradecer ao mês de Setembro por todas as suas bênçãos e dar as boas-vindas ao mês de Outubro, confiante que me trará tudo aquilo que preciso em todos os momentos.
Há mais ou menos 1 mês atrás li um excerto de um livro sobre arte que me fez refletir sobre a minha postura em relação ao trabalho que faço e à sua perfeição.
Partilho com vocês o excerto e aquilo que eu refleti.
“No primeiro dia de aulas, o professor de cerâmica anunciou que ia dividir a turma em dois grupos. Todos os alunos do lado esquerdo do atelier, disse ele, seriam avaliados apenas pela quantidade de obras que produzissem e todos os do lado direito apenas pela sua qualidade. O seu procedimento era simples: no último dia de aulas, trazia a sua balança de casa de banho e pesava o trabalho do grupo da “quantidade”: cinquenta quilos de vasos equivaliam à nota “A” (excelente), quarenta quilos com a classificação “B”, e assim por diante. Os que estavam a ser avaliados pela “qualidade”, no entanto, precisavam de produzir apenas um vaso – ainda que perfeito – para obter um “A”.
Chegou a altura da avaliação e surgiu um facto curioso: os trabalhos de maior qualidade foram todos produzidos pelo grupo que estava a ser classificado pela quantidade. Parece que, enquanto o grupo da “quantidade” estava ocupado a produzir pilhas de trabalho – e a aprender com os seus erros – o grupo da “qualidade” estava sentado a teorizar sobre a perfeição e, no final, pouco mais tinha para mostrar do que teorias grandiosas e uma pilha de barro seco.”
Art and Fear – David Bayles e Ted Orland
A minha primeira impressão seria que o grupo da “qualidade” produzisse um vaso de melhor qualidade, é claro, algo quase perto da perfeição. E isso diz muito sobre a minha postura em relação ao fazer.
Muitas vezes, com a vontade de fazer bem, de ter algo perfeito em mãos, deixo-me levar por teorias e acabo por não fazer nada.
Nas áreas da minha vida em que não posso perder tempo com teorias e que tenho que pôr “ a mão na massa”, vejo melhorias constantes e uma eficácia cada vez maior. Mas nas áreas em que me ponho a pensar, sinto-me muitas vezes bloqueada e agarrada à ideia que só tendo tudo esquematizado para atingir a perfeição é que poderei ter um bom resultado.
Claro que eu sei que isto está profundamente ligado ao meu (ainda existente) perfecionismo. Numas áreas sinto-me melhor e outras ainda vejo bastante caminho por percorrer.
E às vezes, são estas pequenas histórias que aparecem “de repente” que me despertam para aquilo que é urgente mudar.
Se estivesse a pensar a melhor forma de escrever este artigo para partilhar esta reflexão, provavelmente não o ia escrever. Aliás, só estou a escrever este artigo hoje, quando já há um mês ando a pensar como escrevê-lo.
Mas finalmente estou a escrevê-lo e a publicá-lo. E aos poucos, com pequenas mudanças e com “pequenas histórias” vou fazendo a diferença na minha vida.
Agosto foi um mês que passou “a correr”. Aliás, desde há uns tempos atrás que sinto que o tempo passa cada vez mais rápido. E isso faz-me refletir na urgência de aproveitar cada momento.
Se tiver que enumerar uma grande aprendizagem que estes 31 dias me trouxeram, é que ainda não tomei consciência da efemeridade da minha existência. E escrevo isto pois, apesar de sentir, por exemplo, que o tempo passa cada vez mais rápido, ainda dou por mim a desperdiçar tempo.
E o que é que eu quero dizer com desperdiçar tempo? É ficar sem fazer nada umas horas? É dormir uma sesta ou tirar uns momentos para descansar? Não, o que eu pretendo dizer é que passo muito tempo agarrada a coisas que não interessam. Seja preocupada com o futuro, seja preocupada que não gostem de mim, seja a alimentar universos paralelos que apenas existem na minha cabeça.
E todo o tempo que eu gasto nisso, é tempo que não volta. Portanto, uma das minhas intenções para o mês de Setembro é estar mais presente e em vez de me focar em coisas que não quero e que nem existem, dedicar-me àquilo que quero.
Apesar deste discurso um pouco “pessimista” no que toca à minha postura, posso dizer que com todo o trabalho interior que tenho vindo a fazer ao longo destes 11 anos, tenho vindo a tornar-me numa pessoa cada vez mais feliz e mais realizada. Ainda tenho um caminho a percorrer, mas estou imensamente grata a todo aquilo que hoje consigo fazer e que antes pensaria ser impossível. Muito obrigada!
Um dos melhores momentos deste mês foi ter a possibilidade de conhecer diversas pessoas de culturas diferentes que marcaram a sua presença aqui na Casa Escola. Saber que independente da língua falada, com boa-vontade poderemos sempre comunicar e sentirmo-nos em casa, foi algo que eu também aprendi.
Aproveito também para deixar uma curiosidade sobre mim: eu gosto muito de animais e sou responsável por cuidar dos animais felizes da Casa Escola. Portanto, no futuro provavelmente encontrarão conteúdo aqui no blog sobre isso.
Desejo que o mês de Setembro seja tão bom, ou até mesmo melhor que o mês de Agosto e que daqui a 30 dias esteja aqui a partilhar as minhas aventuras.
Obrigada Agosto!
Bem-vindo Setembro!
Ângela Barnabé
P.S. Podem seguir-me no Instagram, caso queiram acompanhar um pouco do meu dia-a-dia.
Um dia destes li uma frase que dizia mais ou menos isto: a versão de ti que está preparada para lidar com situações do futuro ainda não existe, porque essas situações também não existem ainda.
Isto fez-me refletir na minha (ainda) constante necessidade de querer sentir-me preparada para todos os cenários possíveis e imaginários e para a minha constante inquietação sempre que algo “inesperado” acontece.
A tendência é estar sempre a tentar controlar, a prever, a magicar para que em todos os momentos eu me possa sentir “segura” para lidar com o que está a acontecer. E o resultado qual é? Uma constante insegurança, o nunca estar satisfeita com o que consigo fazer e principalmente o sentir que não consigo usufruir de tudo aquilo que consigo alcançar.
Se eu tivesse uma conversa com o meu “eu” de há 5 anos, ou mesmo de há um ano atrás e enumerasse todas as situações com as quais tive que lidar durante este período, provavelmente a “Ângela” do passado entraria em pânico. E com razão, pois nessa altura eu não tinha tudo aquilo que precisava para lidar com o que lidei.
Mas com cada dia e com tudo aquilo que vou fazendo, vou construindo todas as ferramentas que preciso para “abarcar” situações cada vez maiores, projetos cada vez mais complexos e para reciclar aspetos em mim que me permitem ser uma pessoa melhor.
Muitas vezes questiono o porquê de tanta ansiedade, quando eu sei que no final tudo corre bem… Porquê tanta inquietação e controlo, quando as coisas acontecem como têm de acontecer e o melhor que posso fazer é deixar fluir e, em cada momento, decidir consoante o que me é apresentado, o que pretendo fazer.
Talvez, daqui a algum tempo, revisitarei este texto e verei que a versão de mim mesma que já consegue uma visão diferente da vida é resultado de outras situações, que hoje, ao escrever este artigo, ainda não tive a oportunidade de experienciar.
Até lá, sigo focada em melhorar sempre, nem que seja um pouco, a cada dia que passa.
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