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Mudar a minha realidade – 144 de 365

mudar a minha realidade

Eu treinei-me para me focar naquilo que eu não queria e na falta de beleza da minha vida. Não sentia que a vida tinha aquela alegria que sempre pensei que teria.

Quanto mais acreditava que a vida era algo sombria, menos razões via para ver a vida com outra luz e mais acreditava que não tinha nascido com sorte.

Cada vez que me lembro da forma como via a minha realidade, fico bastante surpreendida pela falta de confiança e pelo excesso de comodismo que exista dentro de mim.

Para mudar de vida não são necessárias grandes coisas: uma das mais importantes é ter uma vontade real de mudar e depois estar aberto para que as coisas aconteçam de forma diferente.

Queixava-me muito daquilo que vivia mas também não fazia nada para que as coisas fossem diferentes. Só quando decidi que realmente queria passar por uma metamorfose é que algo mudou.

Não digo que hoje não me deixe levar pelo comodismo ou que não exista uma parte de mim que quer as coisas à minha maneira; isto ainda está cá.

Mas também existe uma parte de inteligência em mim que me faz pensar na estupidez que é perpetuar qualquer tipo de mal-estar para querer ter razão.

A minha realidade vai mudando consoante a minha consciência muda. Posso dar muitos motivos para justificar o estado das coisas, o porquê de algo ter acontecido, mas eu hoje sei ( a acho que sempre soube) que a responsabilidade é sempre minha.

A mudança é tão simples quanto eu queira que ela seja e muitas vezes basta que eu saia do meu próprio caminho para ela acontecer!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Amith Krishna on Unsplash

Aquilo que realmente importa – 123 de 365

importa

Diariamente sou bombardeada com todo o tipo de informação. Ao  longo dos meus 22 anos de vida, fui sendo “alimentada” com todo o tipo de crenças, preconceitos e conhecimento.

Foi-me dito que se tivesse isto ou aquilo teria uma vida boa. Que para ser alguém tinha que estudar e que se não o fizesse estaria a desperdiçar as minhas capacidades.

Foi-me passada muita informação, mas se calhar faltou a que realmente importa.

E o que é que realmente importa? Estar bem comigo mesma, sempre.

Não interessa aquilo que está a acontecer, aquilo que os outros pensam ou aquilo que é suposto.

O que importa é que eu esteja bem comigo. Só assim poderei garantir que as escolhas que eu faça, as decisões que eu tome e as ações que eu tenha, tenham em mente o bem-estar do todo.

Alguém feliz não se prejudica nem prejudica ninguém. Quem se ama a si mesmo irradia amor para o que rodeia. Quem se põe em primeiro lugar ajuda todo o mundo com o seu bem-estar.

Sempre que eu estou bem tudo flui. Sinto-me segura, confiante e sou capaz de lidar com as situações.

Então para que a minha vida seja realmente boa, o estar bem não deveria ser a única prioridade?

Obrigado!

Ângela Barnabé 

Foto original por David Guenther on Unsplash

Lidar com a vida – 122 de 365

lidar com a vida

Quando comecei a ver a vida de uma outra maneira pensava que estava aberta para deixar a vida acontecer. Mas a verdade é que não estava.

Tentei fugir a lidar com situações, refugiando-me na zona de conforto. Justificava as minhas ações com as crenças que criei no passado, não permitindo a mudança. Queria as coisas à minha maneira em vez de deixar a vida fluir.

A cada dia que passa tenho que lidar com a vida. Com as situações, os pensamentos e as emoções que vou presenciando no dia-a-dia, sou levada a trabalhar diversos aspetos em mim.

Nesses momentos posso escolher continuar a agir como agia ou escolher algo diferente, algo que esteja em harmonia com o que eu quero viver e com aquilo que faz mais sentido para mim naquele momento.

Quanto mais fujo à vida, mais bloqueio o fluxo.

Há que baixar os braços e entregar. Naqueles momentos em que apetece refugiar-me naquilo que conheço e continuar na minha rotina, há que dar um passo em frente ao desconhecido.

Porque é lá que as coisas acontecem. É lá que o crescimento é possível. É lá que os milagres acontecem e que as bênçãos são trazidas até mim.

A vida é tão bela e vou aprendendo a lidar com ela. Ou melhor, vou aprendendo a lidar comigo para que possa usufruir ao máximo dela.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Nicolas Outh on Unsplash

Viver de aparências – 110 de 365

aparências

Desde pequena que via as pessoas a viverem de aparências e máscaras. Fingiam gostar umas das outras e depois criticavam-se; escondiam aquilo que sentiam para não mostrarem fraqueza; viviam na ilusão que tudo estava bem.

Passei muitos momentos de medo, insegurança, dúvida e escondia-os para que não percebessem que eu estava a ser “fraca”. Escondi muitas vezes a minha alegria (ou euforia) para que os outros não estragassem.

Relacionava-me com as pessoas, mas era como se houvesse uma barreira entre mim e o mundo e essa barreira não podia ser atravessada. Essa barreira era tão grande que até me afastava de mim mesma, mergulhando-me numa ilusão.

Não há nada melhor do que deixar cair as máscaras e deixar de fingir. Aliás, para poder sentir realmente a vida tenho que fazer isso mesmo.

Muitas vezes senti que estava a expor-me, por exemplo, ao escrever estas reflexões diárias, onde partilhava aspetos que não gostava em mim. Mas ao fazê-lo deixei de ter algo a esconder. Mostrei quem eu era naquele momento.

Não faz sentido tentar enganar os outros, porque no fundo isso é apenas tentar enganar-me a mim própria.

Se me sinto mal posso mudar esse estado e tenho plena consciência que o caminho para o bem-estar é escolher estar bem, independentemente do que esteja a acontecer.

Fingir sentir algo que não sinto, impede que eu possa sentir aquilo que quero sentir. Tenho que ser verdadeira, honesta para comigo mesma e nesse momento as coisas mudam.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Tim Foster on Unsplash

Focar-me nas soluções – 102 de 365

soluções

Devido àquilo que fui considerando como verdade ao longo da  minha vida, sempre me foquei nos problemas. Ocupava a mente com o que poderia correr mal e com aquilo que eu não queria que acontecesse.

Nunca me sentia a viver o presente, é claro; sentia-me sempre ansiosa e nunca me sentia preparada para resolver algum “problema” que pudesse surgir.

Bastava uma pequena alteração de planos para comprometer a postura de calma que eu muitas vezes aparentava.

Mas quando comecei a ver a vida de forma diferente, comecei também a conceber uma realidade diferente.

Uma realidade em que o foco são as soluções. Em que tudo o que acontece é sempre o melhor e que qualquer obstáculo não é nada mais que uma oportunidade de crescimento.

É como mudar as lentes de uns óculos, para umas com uma definição e uma cor totalmente diferentes. Uma perspectiva que permite uma vida bem mais satisfatória e que em vez de me colocar contra a vida, me permite fluir ao seu sabor.

Já escrevi sobre o “complicómetro” e sobre a sua permanência ativa no meu dia-a-dia. Mas descobri o botão de desligar para este “aparelho” que tanto transtorno me traz: é confiar.

Confiar na vida e no seu processo e confiar que sempre que me for apresentada uma situação terei também a capacidade e as ferramentas para a resolver e para a transformar naquilo que preciso para o meu crescimento e para o alcançar dos meus sonhos.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Rodion Kutsaev on Unsplash

Foco ou fluxo? – 98 de 365

foco

Nos últimos dias tenho refletido muito sobre a ideia de foco. Por um lado sei que é importante ter objetivos e pôr ação, mas por outro tenho a questão de não saber o que é bom para mim.

Vou dar um exemplo.

Eu queria ser uma pessoa mais segura, com uma postura de confiança em relação ao vida.

Comecei por me focar na limitação, ou seja, estava obcecada com o facto de não ser segura, de ainda me portar com desconfiança em relação à vida.

Esta forma de agir estava a aumentar ainda mais o problema, porque quanto mais me focava na limitação, mais a limitação estava presente.

Mudei então a postura e passei a imaginar-me segura, trazendo essa imagem para o dia-a-dia, sendo que isso me impedia de viver o momento, porque em vez de agir de forma segura, pensava apenas nisso.

Até que larguei e pensei que no momento certo teria a oportunidade certa. Aí aconteceu o milagre. Parece que essa segurança surgiu do nada e tudo se encaixou no momento certo.

Ou seja, enquanto me foquei em algo, limitei as possibilidades e parecia que o problema continuava lá. Quando baixei os braços e me abri ao fluxo, o problema desapareceu como por magia.

Então o que é importante: focar-me ou fluir?

O foco é sempre com base na minha consciência, que ainda é limitada e que não me permite ver as infinidades das possibilidades que estão disponíveis.

O fluxo leva-me sempre para a melhor possibilidade e permite-me viver a melhor vida possível.

Acho que está na altura de mudar e deixar o foco sair para o fluxo entrar.

Obrigado!

Ângela Barnabé

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