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Apaixonada pela vida – 131 de 365

apaixonada

Tenho pensado muito no amor que eu tenho pela vida. No passado, deixei-me ir ao sabor dos ventos e não conseguia sentir-me bem com nada. Os momentos que eu pensava serem de alegria, eram na verdade de euforia. Colocava expectativas nos outros, em acontecimentos e acabava sempre desiludida.

Procurava constantemente um preenchimento, mas aquilo que procurava estava dentro de mim.  Eu ficava irritada quando me diziam isto, porque o que eu queria era uma solução mágica para o meu mal-estar.

Uma solução que não me obrigasse a mudar, porque a zona que eu conhecia era confortável e eu não queria ir atrás do desconhecido.

Mas onde nada muda, nada muda e para reavivar a chama da vida eu tinha que alterar a minha postura.

Este trabalho tem vindo a ser feito durante os últimos cinco anos e a cada dia que passa sinto-me melhor comigo mesma, com o mundo e com a vida.

Existem momentos em que ainda me deixo levar por aquilo que parece, mas sei que a responsabilidade é minha e que há uma solução para todo o mal-estar.

Confiar, agradecer e aceitar: palavras e ações que me acompanham todos os dias.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Ishan Srivastava on Unsplash

Fazer com amor – 126 de 365

fazer com amor

Um ato, por muito banal que seja, pode fazer toda a diferença. Não são só as ações que tenho perante os outros que devem ser com amor; tudo aquilo que faço deve ser com essa mesma energia.

Faz toda a diferença quando faço algo com calma, atenta a todos os gestos e com amor por aquilo que estou a fazer.

Treinei-me para viver a vida à pressa, sempre com foco no que se segue, sempre com urgência para passar à tarefa seguinte. Quando é essa a conduta, como é que eu posso usufruir daquilo que faço?

Não é o tempo que passa que dá valor à vida, mas sim a forma como passo o tempo. Posso apenas fazer uma coisa por dia, mas se isso for feito com amor, de certeza que será bastante importante.

De que serve fazer, fazer, fazer se não se usufrui de nada? A vida é tão curta e passa tão rápido…

Há que fazer, sim, mas fazer com amor, com consciência e principalmente sabendo que estou no lugar certo a fazer a coisa certa.

Os melhores momentos da minha vida foram os mais simples e os mais inesperados. São aqueles momentos em que usufruí que trago na lembrança.

Há que viver e há que amar aquilo que vivo!

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Aaron Burden on Unsplash

Culpa vs responsabilidade – 51 de 365

responsabilidade

A postura com que eu ajo é muito importante. Aliás posso mesmo dizer que é a postura que dita o resultado final de uma ação.

O motivo por detrás de muitas coisas que fiz no passado foi a culpa. Fiz muitas coisas “boas” porque me sentia mal por todas as “más” que fui fazendo. Não é que haja coisas más e boas, mas o sentimento por detrás de algumas delas não era o melhor.

Por vezes havia muito pensar e pouco agir, e em vez de mudar e passar a agir culpava-me da falta de ação. Quando agia fazia-o sempre tendo em mente o facto de o não ter feito antes, perpetuando o mal-estar.

Mas, quando comecei a agir com responsabilidade e com aceitação perante o fluxo e processo da vida o resultado começou a ser diferente.

A culpa perpetua o sofrimento e cria cada vez mais mal-estar. A responsabilidade permite a mudança e promove um bem-estar contínuo.

Antes de tomar alguma decisão e de agir perante qualquer situação preciso estar atenta ao que sinto e qual é a postura que estou a apresentar. Sinto-me bem naquele preciso momento?

Se a resposta for afirmativa posso agir ou tomar uma decisão. Mas se for negativa o melhor é escolher estar bem e agir a partir desse estado.

Responsabilizar-me é assumir o comando da minha vida e permitir que uma mudança aconteça. Culpar-me é continuar a criar sofrimento e semear mais daquilo que não quero colher.

A escolha é minha.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Madison Bersuch on Unsplash

Receber amor – 15 de 365

O conceito de amor que eu tenho ainda é muito limitante. Por todo o lado fui (e sou) bombardeada com um conceito de amor condicional, que em vez de trazer todo aquele calor que esperava, apenas trouxe mais vazio.

Tenho reparado na forma como a minha vida se desenrola e quão abençoada eu sou por tudo o que vai acontecendo. Pensei, hoje, que a vida me tem dado tanto amor, mas a verdade é que esse amor sempre esteve aí para mim.

Aquilo que eu estou a sentir hoje, podia tê-lo sentido noutras alturas da minha vida, porque desde sempre pude viver a vida de uma forma satisfatória. É claro que tudo faz parte de um processo, mas não é só hoje que estou a ser abençoada.

Até que ponto eu me abro para receber amor? Ou para receber qualquer coisa que eu desejasse num dado momento?

Uma das primeiras coisas que eu “aprendi” quando comecei a ver a vida de uma outra maneira é que tinha que me sentir merecedora daquilo que queria receber. Para isso tenho que me sentir bem com a pessoa que sou, pois só assim me considerarei com valor suficiente para receber aquilo que quero.

O verdadeiro amor, o amor incondicional, jorra por todo o lado, mas tem que começar por mim. Tenho que me encher de amor de forma a que ele transborde e para que o meu mundo fique coberto.

Se não conseguir conceber algo, também não o vou conseguir realizar. Assim é com o amor e com tudo o resto; se eu não achar possível que o amor exista na minha vida, também com certeza nunca vou poder recebê-lo, pois nunca vou estar aberta a ele.

E não é o amor romântico, mas sim o amor genuíno, que parte de uma postura de aceitação, gratidão e de bem-estar comigo própria.

O amor incondicional é como uma semente; quanto mais se dá, mais se tem.

Obrigado por este dia cheio de amor.

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

Foto original por Evan Kirby on Unsplash

O amor e os ciúmes…

É frequente ouvir as pessoas dizerem quem ama tem ciúmes. É estranho, porque eu pensava que quem ama tem amor. Se sentimos ciúmes significa que desconfiamos, que temos sentimentos de posse em relação à outra pessoa, que não deixamos que ela seja livre.

Mas todos estes sentimentos não são um pouco incompatíveis com o amor? Quem ama quer que a outra pessoa seja feliz e não a deve tratar como um objeto que este possui.

Então porque é tão facilmente aceitado pela sociedade o conceito de ciúmes? A resposta de muitas pessoas iria ser: desde que não sejam ciúmes excessivos é normal…

O que é isto de ciúmes excessivos? É algo que eu não percebo. Para mim ter ciúmes já é algo excessivo. Mas o que será que significa nas mentes das pessoas que aceitam os ciúmes? É isso que me “assusta”.

Para mim faz mais sentido pensar que quem ama, ama. Nada de ciúmes, desconfianças…

Apenas o puro e simples amor!


Ângela Barnabé

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