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Se não fosse… – 104 de 365

se não fosse

Muitas vezes usei diversas desculpas para fazer ou não fazer algo. Tentava enganar-me de tal forma, que acreditava mesmo que o que me impedia de dar um passo em frente era a dificuldade que eu apresentava.

Por exemplo, sentia-me insegura, principalmente quando falava com pessoas que não conhecia bem. Então, sempre que pensava em dar palestras, em assumir algum serviço que me “obrigasse” a interagir com pessoas ou quando era necessário que eu lidasse com isso, punha como obstáculo a minha insegurança.

Será que o problema era a insegurança ou eu não querer passar pelo processo? Ou será que eu usava a insegurança como desculpa para evitar fazer algo que não queria fazer?

No momento que decidi que apesar da minha insegurança, medo ou qualquer outra emoção eu iria fazer o que fosse preciso e decidir com base naquilo que eu queria fazer, as coisas mudaram.

Não digo que estou sempre disponível para ultrapassar limites que eu própria impus ou que deixei de dar desculpas, mas estou sempre atenta para que isso não aconteça.

A escolha é sempre minha. O António sempre me disse que quem quer faz, quem não quer arranja desculpas.

Até há pouco tempo muitas coisas eu considerei limitações. Mas hoje sei que essas características podem ser o que eu quiser.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Foto original por Minh Bách Trương on Unsplash

Adiar o inadiável

Crescer é inevitável.

Todos temos que o fazer e não é só enquanto somos jovens. Todos os dias nos são dadas oportunidades de crescer e evoluir. Seja no trânsito, no trabalho, no supermercado, em casa, todas as situações que “mexem” com a nossa rotina, com a nossa zona de conforto são oportunidades de evolução.

Quando as situações nos surpreendem, quando não estamos à espera que aconteçam, não temos forma de as adiar, apenas podemos aceitar ou então resistir.

Mas quando sabemos quais as situações que poderemos ter que trabalhar, ou melhor, quando é necessário fazermos alguma coisa que sabemos que de certeza nos vai fazer evoluir, as coisas ficam diferentes.

 Adiamos, depois marcamos uma possível data, adiamos mais um bocadinho e andamos neste círculo vicioso.

Por vezes sentimos uma sensação momentânea de prazer quando conseguimos manipular as coisas e adiar mais um pouco, mas logo volta a ansiedade, pois temos que voltar à manipulação.

Qual é o caminho mais fácil?

Adiar e entrar em ansiedade, por causa do medo de andar para a frente, ou “despacharmos” logo a situação e crescermos de uma vez por todas?

Adiar parece ser mais fácil e exigir menos esforço, mas não.

O mais fácil é crescer de  uma vez por todas.
Resistir à vida é o mais difícil.
Fluir é mais fácil.
Viver e crescer é mais fácil.

Ângela Barnabé

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