Cada um de nós tem a sua forma de vi(ver) a vida. E, não é novidade, que isso influencia a postura em relação ao que acontece e também a forma como tudo se desenrola.
Eu era uma pessoa muito complicada, com uma visão muito rígida. Escrevo “era” porque hoje sinto que essa parte de mim já diminuiu e foi tomada por alguém que simplifica as situações e que é mais flexível no dia-a-dia.
Mas o facto de ser complicada, fazia com que estivesse sempre a criar complicações. Problemas eram constantes e as soluções nunca eram boas o suficiente. Começar algo novo era uma frustração, porque onde uns viam oportunidades, eu só via obstáculos.
Com esta “visão” da vida, como é que eu poderia querer ver bem? Como é que eu queria conseguir vislumbrar os detalhes daquilo que estava longe de mim, quando tudo o que estivesse à frente e no futuro era sinónimo de preocupação e medo?
Se me perguntarem qual foi uma das maiores mudanças que o processo de recuperação da miopia me trouxe, foi o poder viver a vida de uma forma bem mais descomplicada. É tão bom estar focada nas soluções! É tão bom poder viver com mais espontaneidade, sem planos que tentem prever tudo de mal que pode acontecer.
Lembro-me que ao início, sempre que alguma situação mais “problemática” surgia, eu entrava em desespero e ficava facilmente abalada. Pensava logo no pior… Hoje, na grande maioria das vezes, sou a primeira a procurar soluções e a ver o crescimento que as situações me trazem.
É fantástico como uma nova forma de vi(ver) pode transformar a vida e a visão!
No seguimento do “Diário de uma Nova Visão”, decidi revisitar alguns temas sobre os quais escrevi n”As Aventuras de uma Míope”.
Na altura abordei a questão se a miopia seria um problema ou uma bênção. Apesar de ter sido uma reflexão um pouco vaga, a verdade é que já nesse momento tinha consciência que a miopia, o meu “problema” de visão, era na verdade uma bênção.
Citando o que escrevi em 2017:
“Quantas coisas aprendi devido à miopia? Quantas mudanças foi possível realizar devido à minha falta de clareza? Quão bonito é um processo de recuperação? Quão fantástica é a metamorfose de uma pessoa fechada, rígida e resistente, para uma pessoa que flui, amorosa e que, acima de tudo, que se ama?
O processo de melhoria ainda não acabou e já “vejo” todas estas bênçãos. No fundo, as coisas são o que nós “vemos”. A nossa postura altera tudo.”
Hoje tenho plena certeza que a minha limitação de visão foi aquilo que mais impulsionou o meu processo de mudança.
As aprendizagens que a miopia me proporcionou foram imensas. Aliás foi através dessas aprendizagens que sou quem sou hoje. Mas algo que eu posso destacar é que está nas minhas mãos toda e qualquer mudança que eu queira realizar.
O processo de melhoria de visão tem sido algo mais do que físico. Ver de uma forma cada vez mais clara e puder libertar-me das “muletas” que são os óculos foi fantástico.
Mas mais fantástico que isso é sentir-me cada dia mais livre; livre da grande resistência à vida que fazia parte constante do meu dia-a-dia e que me impedia de me sentir feliz e realizada; livre de pensamentos autocríticos que, a cada dia que passava, me faziam sentir pior e cada vez menos merecedora de amor.
Livre do medo do mundo que me rodeia; livre da desconfiança constante e de um estado de sobrevivência, em que sentia que tudo podia correr mal a qualquer momento.
A miopia mostrou-me aquilo que eu precisava mudar e a partir daí foi como uma bola de neve; quanto mais aspetos mudava e melhorava, melhor eu me queria sentir.
Sinto-me imensamente orgulhosa da pessoa que sou hoje. Reconheço que tenho ainda aspectos a melhorar, como é óbvio, mas nunca poderia imaginar que algum dia me podia sentir tão bem como me sinto hoje.
E nunca poderia imaginar que um problema tão grande como a miopia, se tornaria numa bênção tão grande como uma vida nova.
Uma das grandes tomadas de consciência que tive quando iniciei o meu processo de melhoria de visão foi que todos os sintomas físicos que experiencio em relação à minha visão são consequência da “ visão” da minha consciência.
Ou seja, o que eu teria que trabalhar não seria a parte física, neste caso, os meus olhos, porque o problema não estaria neles. Teria sim que identificar e transformar todos os conceitos que estavam a fazer com que eu visse a vida daquela maneira. Porque o problema físico que eu experienciava, era consequência de um “problema” na minha consciência.
No meu caso mais específico da miopia, uma das formas de definir como via o mundo era como se estivesse dentro de uma bolha rígida, que para além de me impedir de interagir com o mundo ao meu redor, também me impedia de ver de forma clara para lá dessa bolha.
Tudo o que estivesse fora do campo seguro, a bolha, era rejeitado e quanto mais coisas rejeitava, mas pequena se tornava a bolha e mais restrita se tornava a visão.
Quando comecei o meu processo de recuperação, à medida que fui expandindo a minha consciência, a bolha foi-se tornando cada vez maior e com isso também se foi tornando menos rígida, sendo mais fácil a interação com o que me rodeava e sendo mais clara a minha visão.
E como é que está a minha visão atualmente?
Quando iniciei o meu processo de recuperação, pensei que um dia iria chegar ao “topo” de transformação e que a partir daí a minha visão ficaria completamente clara e que não teria que “trabalhar” mais no âmbito da minha melhoria pessoal.
Não poderia estar mais enganada.
Um processo de recuperação, seja ele do que for, é um processo contínuo que me irá acompanhar até ao final da minha vida. Ainda que, atualmente, aquilo que estou a trabalhar a nível emocional seja bem diferente do que aquilo que trabalhava inicialmente, a verdade é que existem sempre coisas a melhorar; o crescimento e a mudança são contínuos.
Isto tudo para dizer que, atualmente, o meu estado “normal” é de clareza de visão. O meu estado de consciência é de serenidade, confiança e bem-estar.
Mas, existem momentos em que o meu estado é de ansiedade, preocupação, resistência… E aí o que acontece? O meu corpo dá sinais, e a falta de clareza de visão é um deles.
Como sei que o problema físico é causado por algo emocional, quando me apercebo da falta de clareza, o que faço de seguida é identificar o que estou a sentir e depois sintonizar-me com o bem-estar. Por exemplo, se me sinto ansiosa, escolho sintonizar-me com a confiança e serenidade.
Claro que neste momento, na maioria das vezes consigo identificar estados emocionais limitantes antes de eles se manifestarem a nível físico. E muitas vezes a mudança de estados é instantânea e outras demora um pouco mais e tenho que recorrer a ferramentas que fui aprendendo ao longo dos anos.
O processo de recuperação e de melhoria de visão é um processo contínuo. Quanto mais me foco na melhoria, melhor fico. Quanto mais expando a consciência, mais expandida fica a minha visão.
Este é o meu estado atual de consciência, que se reflete na minha visão. Um estado de melhoria contínua, de aprendizagem e de um bem-estar cada vez maior.
Um dos grandes aspetos que impulsionou a minha transformação pessoal foi o meu “problema” de visão.
Apesar de no momento do meu diagnóstico e nos anos seguintes eu ter considerado a miopia como uma grande limitação, a verdade é que foi e tem sido a base para que eu expandisse a consciência e me tornasse no que sou hoje.
Partilhei o impacto dessa grande transformação nas “Aventuras de uma Míope”, e apesar desse capítulo ter sido encerrado, a verdade é que o trabalho ainda continua.
Nós últimos tempos, tem surgido diversas vezes a oportunidade de falar deste meu “problema , e por isso resolvi partilhar aqui no blog, como é que é a vida de um míope em recuperação.
A minha visão continua a melhorar?
Já atingi a clareza de visão em todos os momentos?
Como é que é viver sem óculos e sem lentes de contacto?
Como é viver com uma nova visão?
Estas são algumas das questões que me colocam e que eu tenciono responder, bem como partilhar o que mudou na minha vida nos últimos anos.
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