Hoje trago a minha reflexão em relação a três temas, que aparentemente parecem não estar ligados, mas que de certa maneira num destes primeiros dias do ano me surgiram para reflexão no mesmo período.
Relativamente à coerência fez-se relevante a questão de se educar pelo exemplo. Eu não posso querer um mundo melhor em que todos se tratem a si mesmos com respeito, amor e aceitação e que consequentemente tratem os que estão ao ser redor da mesma maneira, se eu não começar por fazer eu mesma isso. Como é que eu posso exigir dos outros algo que eu considero benéfico se eu própria não abro caminho para isso e não dou o primeiro passo?
Nesta mesma linha de pensamento surge a resistência. Ainda que eu dê o primeiro passo e que seja o exemplo, não posso querer que os outros façam o mesmo e muito menos resistir quando as coisas não acontecem como eu gostaria. Cada um tem o seu processo e resistir àquilo que os outros fazem por não estar dentro daquilo que eu penso ser o ideal, apenas vai perpetuar sofrimento e desfocar-me de fazer a minha parte.
Finalmente, tudo se liga na criação da minha realidade. Apenas posso mudar aquilo que eu faço, nunca aquilo que os outros fazem. A minha realidade é criada por mim; pela minha coerência e pelo meu fluxo (ausência de resistência).
Reflito hoje sobre a perfeição como as coisas acontecem. Muitas vezes ainda me deixo levar pela tentação de querer que tudo corra à minha maneira. Crio objetivos, expectativas e penso saber o melhor timing para os acontecimentos surgirem.
Mas sou sempre levada a largar e a deixar fluir, porque nada, mas mesmo nada pode ser controlado por mim. E nesses momentos sou “forçada” a ver a perfeição do fluxo da vida.
Escrevo “forçada” porque ainda dou por mim a julgar a forma como as coisas acontecem. Porque ainda dou por mim a não confiar na vida.
Naqueles momentos em que coloco a resistência de lado, permito que um pouco da luz entre e aí vislumbro como foi perfeito o desenrolar das coisas.
Pode demorar algum tempo até que tome consciência disso, mas se observar com atenção, posso ver com clareza que tudo acontece no momento certo e na hora certa.
Eu tenho a mania de querer planear e esquematizar. Quando não tenho ponto de referência, a minha opção é deixar fluir porque ainda que queira não me posso agarrar a nada familiar. Mas, quando estou a fazer algo que já fiz anteriormente, a tendência é querer sempre ir buscar aquilo que já aconteceu.
Por um lado limito as possibilidades que existem, pois ao estar a ir buscar o que funcionou ontem, não permito que chegue até mim algo que hoje pode funcionar muito melhor.
Depois, na maior parte das vezes entro em resistência quando as coisas não fluem conforme eu estava a prever e conforme tinham fluído antes e isso impede-me de ver possíveis soluções às situações que acontecem.
Hoje não será igual a ontem; as coisas que me acontecerão hoje, ainda que apresentem semelhanças com algo que aconteceu “ontem” (no passado), são novas oportunidades.
Em vez de andar com esquemas para trazer aquilo que é conhecido para o hoje, talvez seja melhor aprender a viver o Agora e a desapegar-me de conceitos e julgamentos, para assim viver de forma mais fluída possível.
Da mesma maneira que tenho a opção de escolher como começar o meu dia ( ou escolho vibrar com aquilo que o dia me trará ou deixo-me ir pela resistência àquilo que vai acontecer) também posso durante o dia escolher fluir com os acontecimentos ou resistir à vida.
Em vez de me agarrar a verdades ou tentar criar planos e esquemas para o dia, muitas vezes procurando a “estabilidade” da rotina, posso escolher deixar fluir e ir vendo aquilo que mais faz sentido para mim num dado momento.
Porque não experimentar fazer as coisas de uma maneira diferente? Abrir-me às possibilidades e sair da forma com que me habituei a pensar e a agir?
Muito provavelmente ficarei surpreendida com a imensidão de oportunidades que existem para mim. E além disso, quanto mais me abro para o fluxo, mais deixo fluir para mim e mais fácil é viver e usufruir da vida!
Cada dia que começa pode ser aquilo que eu quiser. Pode ser um fluxo de oportunidades para estar bem e usufruir da vida ou pode ser uma corrente sucessiva de justificações para estar mal.
Posso acordar na expectativa do que me trará este dia, pronta a absorver tudo aquilo que a vida me dá (e que é o que eu preciso) ou então posso escolher entrar em negação àquilo que me vai sendo apresentado, criando ansiedade e perpetuando situações das quais me quero libertar.
A escolha é sempre minha. Parece-me bem óbvio qual é a melhor decisão a tomar.
E penso que, principalmente no momento em que me encontro em que nada é certo, ou melhor, numa altura em que vou sendo relembrada com mais frequência que tudo muda a todo o instante, é realmente muito importante aproveitar cada dia e não desperdiçar nenhum momento focada naquilo que não quero ou preocupada no que poderá vir a acontecer.
Cada um tem o seu percurso; esta foi uma frase sobre a qual refleti durante o dia de hoje. Esta frase tira-me do julgamento e permite-me aceitar a forma de ser daqueles que me rodeiam e daqueles dos quais tenho conhecimento.
Posso falar de experiência, mencionando aquilo que foi resultando ou não resultando comigo e posso permitir que os outros aprendam com os meus erros e com os meus “acertos”. Posso também aprender com a experiência dos outros e trilhar o meu próprio caminho.
Eu tenho o meu percurso a fazer, assim como todos os habitantes deste planeta. É uma grande arrogância da minha parte pensar que sei o que é melhor para os outros, principalmente quando eu não sei o que é melhor para mim mesma.
Aquilo que sei é que a única coisa em que me tenho que focar é em estar bem. Nesse estado de bem-estar de certeza que irei respeitar e aceitar todos os percursos de vida; seja o meu, seja o dos outros. Essa postura também me permite, através da perspetiva do observador, não ancorar determinados conceitos e julgamentos sobre os outros, e assim permitir que tudo flua da forma que tem que ser, ou seja, da melhor forma para mim e para toda a humanidade.
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