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A cultura do instantâneo

Quanto tempo temos que esperar para que as coisas se manifestem?

Eu pensava que se as coisas não acontecessem logo, ou num prazo muito curto, elas não resultavam e por isso podia desistir. E estava sempre frustrada porque nada parecia resultar.

Passado algum tempo, comecei a obter resultados de coisas que fiz e larguei, ou seja, pus ação em determinado projecto e continuei a “minha vida”, sem me preocupar com os resultados.

Nos projectos dos quais desisti e principalmente aqueles que forcei nada aconteceu.

Porquê?

Um grande amigo meu, António Fernandes, muitas vezes me disse:

“ Só tens que pôr ação e ter certeza que vais receber aquilo que semeaste”.

Estamos habituados a querer ter as coisas na altura em que queremos, da forma como queremos, sem pensarmos que se algo não está a acontecer é porque é para nosso benefício.

As coisas acontecem no momento certo, e se nós estivermos atentos e disponíveis para que elas se manifestem na nossa vida o resultado é maravilhoso.

O importante é termos objectivos e deixarmos fluir. Não devemos apegarmo-nos a metas e devemos sempre ter em mente que no segundo em que pomos ação em algo isso já está a acontecer e no momento certo iremos obter os resultados.

Temos que nos libertar da cultura do instantâneo!

A vida não é madrasta, simplesmente nos dá o resultado daquilo que semeamos.

 Se queremos colher trigo, não vamos semear milho. E quando semeamos o trigo, não vamos constantemente desenterra-lo para nos certificarmos que ele está a crescer, pois não?


Ângela Barnabé

Amar-se

“Se você não se ama nunca poderá amar mais ninguém. Se você não se consegue tratar amorosamente não pode tratar amorosamente aos demais. É psicologicamente impossível.

Qualquer que seja a forma com que se comporta consigo mesmo, assim você se comportará com os outros. Esta é uma ideia básica, aceite-a. Se você se odeia, odiará os outros; e ensinaram-lhe a se odiar. Nunca alguém disse, “Ame-se!” A mesma ideia parece absurda: amar-me? A mesma ideia não tem sentido: amar-me? Sempre pensamos que para amar precisamos de alguém mais. Mas se não o aprende consigo mesmo não poderá praticá-lo com outros.

Disseram-lhe, condicionando-lhe constantemente, que você não tem nenhum valor. De todas as maneiras possíveis lhe disseram, lhe demonstraram, que você é indigno, que não é o que deveria ser, que não é aceite assim como é. Há muitos “você deveria” que pesam sobre a sua cabeça, e esses “deveria” são quase impossíveis de satisfazer. E quando você não pode satisfazê-los, quando você não cumpre esses objetivos, você se sente condenado. Um ódio profundo surge em você.

O primeiro passo é: Aceite-se como você é; solte todos os “deverias”.

Não leve nenhum “deveria” no seu coração! Você não deve ser alguém diferente; não se espera que você faça algo que não é próprio de você. Você só deve ser você mesmo. Relaxe-se e só seja você mesmo. Seja respeitoso com a sua individualidade, e tenha o valor de criar sua própria assinatura. Não continue copiando as assinaturas dos outros.

Quando você não está tentando se converter em alguém mais, então, simplesmente você relaxa; então surge a graça. Então você se preenche de grandeza, esplendor, harmonia… porque então não há conflito! Nenhum lugar aonde ir, nada porque lutar, nada que forçar, que impor sobre você violentamente. Você se torna inocente.

Nessa inocência sentirá compaixão e amor por você. Você se sentirá tão feliz com você mesmo que inclusive se Deus vem e bate na sua porta e diz: “Você gostaria de se converter em alguém diferente?”, você dirá: “Ficou louco? Sou perfeito! Obrigada, mas não mude nada em mim; sou perfeito como sou.”

Se você vai ver uma pintura de Picasso e você diz: “Isto está mal e isso está mal, e esta cor deveria estar desta maneira”, você está negando Picasso. Quando diz: “Eu deveria ser assim”, você está tentando aperfeiçoar Deus. Está dizendo: “Você se enganou; eu deveria ter sido assim, e você me fez assim?” Você está tentando aperfeiçoar Deus. Não é possível. Sua luta é inútil, você está condenado ao fracasso.

E quanto mais você falha, mais odeia. Quanto mais você falha, se sente mais condenado. Quanto mais você falha, mais se sente impotente. E deste ódio, impotência, como pode aparecer a compaixão? A compaixão surge quando você está perfeitamente centrado em seu ser. Você diz: “Sim, assim é como sou”. Não tem ideais que satisfazer. E de imediato a plenitude começa!

As rosas florescem tão maravilhosamente porque não estão tentando se converter em lótus. E os lótus florescem tão maravilhosamente porque não ouviram histórias de outras flores. Tudo na natureza anda tão maravilhosamente em harmonia, porque ninguém está tentando competir com alguém mais, ninguém está tentando se converter em outro. Tudo é como deve ser.

Só compreenda este ponto! Só seja você mesmo e lembre que você não pode ser nada mais, por mais que o tente. Todo esforço é em vão. Só tem que ser você mesmo.

Existem somente dois caminhos. Um é se rejeitando, mas você continuará sendo o mesmo; ou se condenando, mas você continuará sendo o mesmo. O outro é se aceitando, se entregando, gozando, deleitando-se, mas você também continuará sendo o mesmo. A sua atitude pode ser diferente, mas você sempre será a pessoa que é. Mas uma vez que você se aceita, surge a plenitude.

Osho

Adaptado

Fonte: http://ame-se-web.com/osho-e-a-autoestima/

A cura…

Hoje em dia tomarmos medicamentos é tão normal como tomar banho! A maior parte das pessoas ao mínimo sintoma dirigem-se logo às farmácias para se intoxicarem com químicos. Mas porque é que em vez de usarem algo que basicamente só intoxica o nosso organismo e nos dá um falsa sensação de cura, não optam por algo natural?

Por exemplo quando alguém tem uma dor nas costas o que é que faz? Toma um analgésico, por vezes pensando que irá ficar curada. Mas e se eu lhe disser que o problema continua no nosso organismo? Os analgésicos não curam nada! Eles simplesmente impedem que sejam passadas as sinapses da dor nos nossos neurónios impedindo que possamos sentir a dor.

E porque é que em vez de tentarmos disfarçar os nossos problemas, não procuramos a sua verdadeira causa? Limitamo-nos a enganarmo-nos, pensando que ao intoxicarmos o nosso organismo vamos resolver o problema.

Mas porquê?

Gostamos de andar a sofrer, doentes, sentindo-nos mal connosco mesmos…

Queremos ser felizes, buscando infindavelmente a nossa felicidade, mas na verdade limitamo-nos a ser infelizes, arranjando sempre desculpas, dentre as quais doenças e mais doenças, cuja cura está em nós mesmos!


 Ângela Barnabé

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