Sempre me comparei com os que me rodeavam. Queria ser a melhor em relação aos outros; a melhor aluna, a mais bonita, a mais inteligente…
Começava a sentir-me bem comigo mesma e lá vinha novamente o mal-estar porque olhava à minha volta e havia sempre alguém melhor que eu. Era como estar a competir pelo primeiro lugar e estar sempre a sair e entrar do pódio.
A minha vida era um inferno, pois por muito que eu fizesse, havia sempre alguém que fazia melhor. Nunca era boa o suficiente.
Mas isso tinha que mudar. A minha postura tinha que mudar.
A vida não se trata de ser melhor que todos, mas sim ser o melhor que posso ser.
Se me aceitar, se desenvolver os meus talentos aí eu estarei a ser a melhor: a melhor para mim, para os que me rodeiam e para o mundo.
Todos podemos ser os melhores, pois todos somos únicos. Cada um de nós tem uma história, ideias, sonhos, perspetivas e objetivos diferentes. Cada um de nós desempenha um papel único.
Competir para ser a melhor é negar aquilo que eu sou. É roubar ao mundo uma peça essencial.
É bom crescer com os outros, inspirar-me naquilo que eles emanam e criar na minha vida aquilo que eu quero experienciar.
O facto de alguém ser bonito, não faz de mim menos bonita. O facto de alguém ser inteligente, não me tira a inteligência.
Se eu me ocupasse em desenvolver ao máximo aquilo que sou e se desse espaço aos outros para que fizessem isso mesmo, tenho a certeza que em vez de me sentir limitada ou inferior, iria ver desabrochar algo maravilhoso dentro de mim.
A vida é aquilo que eu quero que seja. Só sendo quem realmente sou e deixando de me comparar com os outros é que permito que as bênçãos venham até mim.
Obrigado por este dia repleto de alegria.
Até amanhã!
Ângela Barnabé