Decidi, num momento da minha vida, que em vez de deixar que o medo fosse a base das minhas decisões, iria usá-lo como trampolim para o meu crescimento espiritual.
Olho para trás e vejo que não fiz muitas coisas por causa do medo. Tentei enganar-me dizendo que não queria realmente aquilo, mas na maior parte das vezes não era isso que estava a acontecer.
Começava a pensar nas situações que podiam acontecer, duvidava da minha capacidade de lidar e resolver as situações e acabava cercada por tudo aquilo que não queria experienciar.
Era engraçado: em vez de viver o momento presente e estar preparada para lidar com as situações quando elas aconteciam, gastava o meu tempo a pensar nas inúmeras possibilidades e acabava por não conseguir tomar decisões conscientes.
Se eu me deixar levar pelo medo não consigo fazer nada. E quanto menos faço menos consigo fazer.
Já tive muitos momentos em que agi apesar do medo e a vontade era mesmo não ter que passar pela situação (já escrevi algumas vezes sobre isto). O desconforto de agir existia, mas o desconforto de não agir e de saber que estava a adiar era bem maior e muito pior.
Eu sei que o “segredo” é confiar. Dar o passo, mesmo com medo, confiando que tudo, mas mesmo tudo, correrá sempre pelo melhor.
Obrigado!
Ângela Barnabé