No passado mês de maio escrevi um texto onde falei sobre o quanto a responsabilidade equivalia a liberdade. Hoje, após um fim-de-semana fantástico e a leitura de um fantástico livro* venho aprofundar um pouco mais a minha consciência sobre a responsabilidade.
Se aprendi alguma coisa nestes últimos anos, foi que a verdade está sempre a mudar. À medida que aprofundamos mais a nossa consciência, que vamos tirando véus, vendas e máscaras, vemos as coisas com mais clareza. Coisas que assumia como verdade o mês passado, este mês sofreram uma completa transformação.
Sempre tive a tendência para me desresponsabilizar e achava que fazia isso principalmente em tarefas e ou atividades que me levassem a crescer e a sair da minha zona de conforto. Depois, passei a ter consciência que a minha falta de responsabilidade ia um pouco mais profundamente, pois culpava os outros pelo que me acontecia, pelo que era e como agia.
Mas, hoje, vejo as coisas de uma forma diferente.
Responsabilidade é mais do que eu podia pensar.
Responsabilizar-me é conectar-me.
Tudo, mas tudo o que me acontece, tudo o que oiço, vejo, cheiro e que tenho conhecimento por terceiros é da minha responsabilidade.
Eu sou tudo e tudo sou eu; e desta forma estou conectada a tudo.
Não existem os outros, não existem coisas, existo eu, e sempre que experiencio alguma coisa, estou a experienciar parte de mim, gostando ou não dessa parte.
Esta consciência dá-me mais liberdade do que nunca.
Não são apenas as minhas reações que são criadas por mim; as reações que os outros têm e que eu experiencio são também da minha responsabilidade.
No fundo, tudo o que me rodeia é uma projeção daquilo que eu sou. Eu sou 100% responsável por aquilo que vivo.
Já não se trata de criar aquilo que eu quero. Trata-se de mudar aquilo que sou para mudar aquilo que recebo.
Ângela Barnabé
*Podes encontrar o livro a que eu me referi, Limite Zero, na biblioteca do Ativista da Nova Era. Clica aqui para acederes (a biblioteca é exclusiva a membros)