Durante muito tempo eu pensei mais naquilo que aparentemente me faltava do que naquilo que tinha em abundância na minha vida. O conceito de que algo exterior me podia preencher e o crescente vazio existencial faziam-me buscar cada vez mais e sentir-me cada vez menos satisfeita.
Olhando agora para trás vejo que tinha ao meu redor e ao meu fácil alcance tudo aquilo que eu precisava em todos os momentos da minha vida. A minha constante fuga ao Presente levava-me a tropeçar nas situações e levantar-me como se nada fosse, estando sempre com algo na mira, sempre algo exterior ao que estava a acontecer.
Será que aquilo que vivi no passado me faz ter uma abordagem diferente no presente?
Não posso dizer que vivo o Presente, porque isso ainda não acontece. Também não vou dizer que estou sempre atenta àquilo que a vida me dá em cada momento, que é aquilo que eu sempre preciso.
Mas todo o meu percurso até hoje, todas as experiências que já passei e todas as experiências que ouvi contar têm-me permitido estar cada vez mais atenta àquilo que está a acontecer na minha realidade.
Passo mais tempo focada nas tarefas que faço, usufruindo de todos os passos que as compõe, do que alguma vez me foquei no passado. Agradeço muito mais tudo aquilo que tenho de maneira consciente do que alguma vez agradeci.
Como resultado a minha vida é cada vez melhor a cada dia que passa e sinto-me muito melhor do que alguma vez poderia imaginar. Quanto mais me foco no quão maravilhoso é estar a viver cada momento desta jornada, mais maravilhoso cada segundo é.
Há sempre espaço para a mudança e cada momento é ideal para mudar. Se estou a sentir algo que não gosto, talvez seja a hora certa para mudar o meu foco.
Obrigado!
Ângela