Às vezes dou por mim à procura de formas para estar mal. Eu sei que isso não é nada, mas mesmo nada bom para mim, e que é completamente contra o processo da vida, mas é algo que ainda faz parte mim.
E o que é isso de estar à procura de formas para estar mal?
Duvidar, não confiar, não gostar de mim, pré-ocupar-me, controlar, manipular… Tudo isto são fórmulas garantidas para estar mal e perpetuar isso para o futuro. É semear algo que já sei que não vou querer colher.
Mas também procuro formas de estar bem: confiar, estar presente e principalmente largar qualquer julgamento ou ideia pré-concebida.
Fui ensinada que o perigo está sempre à espreita; que temos que desconfiar desconfiado e, apesar de saber e ter inúmeras provas que a vida me traz sempre aquilo que é melhor para mim, ainda existe uma parte de mim que alimenta o vitimismo.
Parece muito fácil responsabilizar as situações pelo meu estado e arranjar inúmeras formas de estar mal.
Mas asseguro-vos que, mais fácil ( e bem melhor) que estar mal, é responsabilizar-me pela forma como me sinto em relação a tudo e fazer de tudo uma forma de estar bem.
Existem mil e uma formas de estar bem e no meio disso, ainda arranjo uma de ficar mal. Tenho estado atenta a isso e tenho percebido o quanto é fácil estar bem e fluir com a vida.
Obrigado!
Ângela Barnabé