Quando começo a pensar no possível desenrolar da situação, a única coisa que faço é estragar.
Pensamentos trazem mais pensamentos. Se pudesse garantir que os pensamentos que tenho fossem saudáveis, este processo seria bastante útil.
Mas, a verdade é que não posso. Não posso controlar o que penso, nem o que acontece.
Posso mudar aquilo que sinto, mas apenas se tiver consciente disso. Se estiver a pensar nas possibilidades de acontecimentos que podem surgir amanhã, nunca poderei estar consciente do que sinto no momento, relativamente às coisas que estão a acontecer agora.
E também tenho que ter em conta que pensamentos provocam sentimentos.
Devido à minha consciência, tenho tendência para me focar no pior que pode acontecer. Posso reciclar essa tendência, tendo sempre presente que tudo o que acontece é o melhor para mim e especialmente que sou eu que crio aquilo que acontece.
Então, sei que a tendência é de me focar no pior; sei que os pensamentos apenas me impedem de viver o presente; sei também que a única altura em que posso fazer algo para mudar a minha consciência é o presente.
Sei tudo isto, mas na maior parte do tempo não é isto que eu faço.
Pensar não me resolve problemas, mas aqui estou eu a tentar resolver situações pensando e não agindo. A vida apenas me dá aquilo que preciso para o meu bem-estar, mas aqui estou eu com medo do que pode acontecer.
Tenho estado a treinar esta postura: uma postura de confiança perante a vida. Quanto mais treino mais me apercebo que, perante as infinitas possibilidades de estar a viver no paraíso, continuo a focar-me naquilo que não quero.
Mas cada vez é mais fácil aceitar essa minha maneira de agir. Cada vez é mais fluída a minha forma de viver e de me relacionar comigo mesma.
E amanhã? Amanhã será ainda melhor que hoje, pois tudo depende da minha escolha.
Obrigado por este dia repleto de alegria.
Até amanhã!
Ângela Barnabé