Artigo 2 da série – Coisas que aprendi nos meus 20 anos de vida
Não existe uma forma correta de fazer as coisas. Existem formas que funcionam melhor que as outras, mas não existe uma receita universal para nada. Penso que a base para que tudo corra da melhor forma ( não é da maneira que nós queremos) é simplesmente deixar fluir e navegar consoante a maré.
Mas, nem sempre é isso que eu aplico na minha vida.
Todos os dias sou desafiada a fazer algo novo: experimentar uma nova ferramenta de trabalho, lidar com uma situação nova ou ainda decidi ultrapassar uma barreira que me auto-impus.
Na maior parte das vezes a minha tendência é querer fazer tudo de forma perfeita. Quero que o produto, o serviço, o projeto ou a formação estejam perfeitos para que eu os possa lançar.
E sabem que mais? Acabo por nunca lançar nada.
Perfeccionismo é boicotar um processo mesmo antes de este estar em movimento.
Claro que existe sempre espaço para melhorias, mas só podemos melhorar se pusermos em movimento as coisas e virmos de facto o que funciona e o que não funciona.
Devemos procurar ganhar mais experiência. Não devemos procurar conhecimento, pois este só atrapalha. Devemos aplicar as ferramentas que funcionam e melhorá-las. De nada serve conhecermos mil formas de fazer as coisas se não aplicamos nenhumas.
Deixemo-nos de desculpas e adiamentos.
Se olhar para a maior parte das coisas que fiz nos últimos anos consigo encontrar sempre espaço para melhoria. Mas só consigo fazer isso porque já tenho alguma base e experiência. Antes de fazer o que quer que fosse não podia saber o que melhorar, não é?
No fundo é experimentarmos, não termos medo de cair e de errar porque no fundo não existem erros, mas sim aprendizagens.
Libertemo-nos da arrogância e peçamos ajuda quando precisamos. Baixemos os braços quando nada mais há a fazer. Deixemos a vida fluir e o milagre acontecer.
Ângela Barnabé
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