O medo de errar ainda está presente em mim. Isto é bastante estúpido por (pelo menos) duas razões.
Primeiro, o medo que algo aconteça acaba por criar aquilo do qual se tem medo, por isso eu ao ter medo de errar já estou a criar a possibilidade de acontecer.
Depois, a ideia de erro parte de uma postura de que as coisas não são perfeitas da maneira que são e de que, no meio de todos os acontecimentos que fazem parte deste Universo, existem uns que não deviam acontecer.
Só não erra quem não faz, foi o que eu sempre ouvi dizer. Também é comum ouvir que é com os erros que se aprendem.
Mas quando se consegue conceber algo como erro, por muito que se possa ver o lado da aprendizagem, existe sempre a conotação negativa associada à palavra erro.
O que é afinal um erro? Algo que corre fora do esperado? Algo que se faz diferente da forma como se devia fazer?
Durante a minha vida já fui irresponsável, já fiz coisas que podiam ser melhoradas, mas será que todas elas não contribuíram para o meu desenvolvimento? Será que aquilo que eu vi como erro e que me levou à culpa não foi tudo visto de uma perspectiva materialista?
No meio de tantas experiências novas que tenho vivido nos últimos dias e de ter tomado consciência que o medo de errar interfere tanto na forma como ajo, cheguei a uma conclusão:
Se eu me focar em estar bem, independentemente do que acontecer, irei ver a perfeição naquilo que acontece e estarei atenta para poder agir de forma consciente em todas as situações.
Obrigado!
Ângela Barnabé