Sempre que tenho medo, fecho-me ao mundo e às possibilidades que a vida me traz. Perco a confiança e deixo-me levar por pensamentos que apenas criam aquilo que eu não quero experienciar.
Para que eu me possa entregar à vida e às coisas que vou fazendo no meu dia-a-dia, tenho que perder o medo.
Nos momentos em que as coisas foram acontecendo na minha vida, sempre tive à minha disposição uma solução, uma ferramenta; no fundo algo que me ajudasse a resolver e a lidar com as situações.
Ter algum medo ou agir com base no medo, antecipando algum resultado ou algo com o qual vou ter que lidar não é muito inteligente, porque para além de não usufruir dos momentos que antecedem qualquer experiência, estarei focada no que não quero e “preparada” para tudo, menos para viver.
A vida não é um campo de batalha e eu não preciso de estar sempre à defesa, esperando sempre algo mau acontecer.
A vida é tão bela quanto eu quero que ela seja e ao entregar-me ao seu processo e fluxo, tenho a certeza que estarei preparada para lidar com tudo, sem que nada de mal me aconteça.
Os “problemas” aparecem quando eu estou com um pé lá e outro cá. Quando eu ponho ação naquilo que quero, mas ao mesmo tempo quero manipular. Quando eu digo que confio, mas na verdade estou a tentar preparar-me para o que pode acontecer.
O medo impede a entrega, mas a confiança permite que ela aconteça e que possa finalmente sentir a vida, com tudo aquilo que ela me trará.
Obrigado!
Ângela Barnabé