Para saber qual é o estado em que me encontro, para além de olhar para as minhas ações e pensamentos, posso claramente observar aquilo que acontece à minha volta, principalmente os comportamentos dos outros em relação a mim.
Antes eu pensava que era apenas a minha perspetiva que mudava a forma como eu via as ações dos outros, mas hoje vejo que é mais do que isso.
Sendo que o mundo é um reflexo de mim mesma, o meu estado cria a minha realidade. Se eu me sinto mal comigo mesma, irei criar situações que contribuam ainda mais para esse estado. Se eu me sinto culpada, criarei ainda mais motivos para me culpar.
Era por isso que eu sentia que as minhas relações eram sempre iguais, apesar de me relacionar com pessoas diferentes. Os meus amigos, fossem de um grupo ou de outro, tratavam-me sempre da mesma maneira.
Havia dias em que as coisas eram melhores: eu sentia-me melhor comigo mesma e a realidade que criava era igual à forma como me sentia. Mas outros dias eram piores e eram resultado de eu me estar a sentir mal em relação a mim mesma.
Esta reflexão desperta-me para uma grande responsabilidade para com o mundo e a humanidade. Se o mundo em que eu vivo é reflexo de mim mesma, eu tenho que ser alguém cada vez melhor para criar um mundo melhor.
Tenho que me libertar de tudo o que me intoxica: conceitos em relação à vida. Tenho que ser aquilo que quero que o mundo seja.
Tenho que estar bem e sentir-me bem independentemente do que possa acontecer, porque quando estou bem, tudo fica bem.
Grata por este dia, neste mundo maravilhoso,
Ângela Barnabé