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poder

Ao lidar com a vida de forma indiferente, fui dando o meu poder aos outros, às situações… A imagem que tinha de mim mesma era influenciada pelos outros e provavelmente era mesmo apenas baseada no que os outros pensavam de mim.

Quando os outros estavam bem, eu estava “bem”. Mas, quando os outros demonstravam mal-estar, fazia de tudo para os “pôr bem” porque o meu bem-estar dependia dos outros.

Posso desde já dizer que isto é uma forma horrível de viver a vida. O meu bem-estar só pode depender de mim e qualquer poder de decisão em relação à minha vida deve estar nas minhas mãos.

Quando se dá o poder de decidir o que se deve sentir aos outros, para além de se andar à deriva na vida, começa-se um ciclo de culpar e responsabilizar os outros pelo estado da nossa vida.

Foi isso que me aconteceu. Sentia-me infeliz, porque deixava que tudo o que acontecia interferisse no meu estado, e passava o tempo a culpar os outros e a vida pelo sítio onde me encontrava.

Para sair daí tive que me responsabilizar; tudo o que estava a acontecer era da minha responsabilidade. O “poder” voltou para mim e hoje sei que só eu posso decidir aquilo que sinto e se os outros é que decidem, fui eu própria que decidi que isso assim acontecesse.

Obrigado!

Ângela Barnabé

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