Muitas vezes me deparo com situações aparentemente caóticas. Coisas que não me parecem levar a lado nenhum e muitas vezes parecem mesmo atrapalhar.
A pergunta que surge é “Porquê?” e é logo seguida por “E agora?”. Nesses momentos em que a tentação é julgar e tentar perceber o motivo pelo qual as coisas aconteceram, ao mesmo tempo que se tenta manipular o que irá acontecer, é preciso parar.
O porquê não interessa. As coisas acontecem sempre por um motivo, claro, mas a única coisa que eu preciso saber é que sou 100% responsável pela minha realidade. Não importa se aquilo que está a acontecer é resultado de uma crença, de uma ação ou de uma decisão; isso não vai resolver nada.
Com o tempo talvez possa vir a saber, mas se tentar perceber o motivo estarei a julgar e a racionalizar com base em conceitos que não abrangem toda a realidade e acabarei por apenas enganar-me a mim mesma.
E o que irá acontecer? Essa parte depende de mim. Não posso propriamente escolher o que vai acontecer e como se irão desenrolar os acontecimentos, mas posso decidir qual vai ser a minha postura.
Vou ficar revoltada e zangada e criar sofrimento? Vou tropeçar na situação e fingir que nada aconteceu? Ou vou responsabilizar-me e aceitar o que quer que seja que a situação me tenha a mostrar?
Não posso decidir o que vai acontecer, mas tenho o poder de escolha no que toca à forma como ajo em relação à situação.
Sei que tudo acontece por um motivo. Sei também que posso (e devo) confiar na vida. Sei que tudo o que acontece é o melhor para mim, desde que assim eu o decida.
Obrigado!
Ângela Barnabé