Porque se por um lado estas reflexões me ajudam a partilhar as minhas limitações, também me ajudam a relembrar que é possível ultrapassá-las.
Por exemplo, já escrevi muitas vezes que uma das minhas limitações é não confiar. Escrevo sobre isso e sobre a solução para este problema: confiar.
Surge uma situação, como por exemplo dar uma aula online, em que tento planear e programar como tudo vai acontecer. Mas depois lembro-me que isso é não confiar. E agora? O que é que eu faço? Tento continuar a planear porque me sinto insegura, mas vem-me à memória uma das reflexões que escrevi.
Decido que se fui capaz de ver com tanta clareza no momento de escrever, também serei de certeza capaz de ver e fazer aquilo que é melhor para mim naquele momento.
Hoje quero agradecer pela oportunidade de escrever estas reflexões.
Sinto uma responsabilidade por escrever aquilo que faço e sinto, pois só assim poderei mudar aquilo que não me traz bem-estar.
Poderia estar aqui horas a escrever o quão maravilhosa é a vida, o quão grata estou, mas se não é isso que sinto num dado momento, quem estarei eu a enganar?
É claro que eu posso alterar os meus estados e se me sinto insegura, posso escolher sentir-me segura. Mas é importante aceitar essa insegurança e não tentar camuflá-la com falso positivismo.
Ainda tenho medo, ainda entro em resistência, mas quanto mais aceito isso como uma característica e quanto mais me disponho a mudar esses estados, mais fácil é fluir com a vida.
A vida é aquilo que eu faço dela. É com base naquilo que verdadeiramente sinto que tudo é criado. Se quero que algo mude, tenho que reciclar o que sinto e assim criar uma nova vida.
Obrigado!
Até amanhã!
Ângela Barnabé