Há alguns dias atrás escrevi sobre os pensamentos e isso fez-me refletir ainda mais profundamente sobre o que ocupa a minha mente no dia-a-dia.
Cheguei à conclusão que o que me “impediu”, no passado, de fazer diversas coisas que sempre ambicionei foi o pensar.
Já tinha refletido sobre isso, mas não da forma como estou a vislumbrar hoje a minha realidade.
Sempre que me era apresentado um novo desafio, algo que certamente me ia obrigar a crescer, eu recuava, pois a primeira coisa que eu fazia era analisar, pensar e repensar todas as possibilidades, todas as alternativas, tudo o que podia correr bem e principalmente o que poderia correr mal.
Ao invés de aproveitar a oportunidade que a vida me apresentava, confiante que o que eu precisava para crescer estava ali à minha frente, preferia ocupar-me com ansiedade e medo, causados pelo alimentar de pensamentos.
Tudo na minha vida tem sido afetado pelo pensar, pois normalmente, devido à minha consciência, os pensamentos que me surgem não contribuem para a criação de nada útil.
Seja a forma como me relaciono com os outros, comigo mesma ou a forma como guio a minha vida e o desenvolver de projetos, pensar e não confiar, controlar e não deixar fluir; esta forma de agir tem-me levado a experiências que poderiam ser substituídas por outras bastante mais agradáveis e satisfatórias.
É naqueles momentos em que desligo a mente e me permito deixar guiar pela vida que a magia acontece e que tudo se encaixa na perfeição.
Aí consigo ver a verdadeira essência da vida e consigo realmente usufruir de todas as bênçãos que tenho à minha disposição.
Obrigado!
Ângela Barnabé
Foto original por Roksolana Zasiadko on Unsplash