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Andava eu, pelo meio das pessoas, à procura. De uma forma frenética e tentando várias abordagens, comportava-me como um camaleão que ia alterando a sua cor consoante o seu pano de fundo. Procurava, procurava e nunca encontrava.

Quando parecia estar prestes a pôr-lhe as mãos em cima, tudo se desvanecia, qual miragem num deserto.

Fui a menina certinha, a engraçada, esperando que isso me desse um passe VIP para aquilo que eu tanto ansiava. Mudava de “roupa”, trocava de personagem e esperava que ela – a tão desejada valorização – me viesse bater à porta, numa bandeja e que fizesse tudo ficar bem.

Até que um dia aparentemente desisti. Dei por encerradas as buscas e achei que tudo passava de uma lenda, que alguém tinha inventado para enganar os mais desatentos.

Mas, uma chama, mais fraca do que se poderia imaginar, mantinha-se acesa. A procura pela valorização, fui substituída em parte pelo afinco em fazer aquilo que eu gostava. Aos poucos as tarefas que não gostava foram desaparecendo; a vida passou a ter um outro brilho e a chama começou a ficar maior.

Mas que combustível poderia alimentar tão frágil chama? Os outros, aqueles nos quais pensava que residia a valorização não o tinham. As coisas, os bens materiais ou outra coisa exterior a mim, também não poderiam ser os fornecedores de tal combustível.

A procura continuava; agora não pela valorização, mas sim pelo que a alimentava. Seria o trabalho? A relação com os outros?

Ou seria algo bem mais simples? Sonhos realizados, através da confiança na vida? Permitir-me sentir cada momento, independentemente das aparências? Deixar cair as máscaras? Libertar-me da culpa e do medo?

Então, fez-se luz. De que serve a valorização quando no fundo aquilo que precisamos é estar bem?

Porque sentirmo-nos valorizados não equivale a sentirmo-nos bem. A maior parte das vezes receber valorização equivale a fazermos algo que não gostamos para que gostem de nós, e quando fazemos algo que gostamos a valorização não serve de nada, porque já nos sentimos plenos.

 Porquê procurar por ela, quando ela só serve para preencher um vazio que, apenas será preenchido quando estivermos bem?

Obrigado por este dia!

Até amanhã!

Ângela Barnabé 

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