Achava que para me sentir bonita deveria ter determinadas características e como nasci sem elas, estava condenada a sentir-me mal com a minha aparência.
Depois refleti sobre o conceito de beleza e sobre a prisão que o padrão de beleza é ( o livro A Ditadura da Beleza aborda muito bem este assunto). Comecei então a procurar a beleza em tudo o que vejo e a libertar-me daquela ideia que eu tenho relativamente ao que é belo.
Procurei ver a beleza em todos com que me encontrava e de facto encontrei-a.
O corpo que eu tenho é resultado da pessoa que eu sou e é exatamente aquilo que preciso para desempenhar a minha missão aqui na Terra.
Passei muitas horas em frente ao espelho a apontar todas as “falhas” que via em mim. Lembro-me de odiar todas as raparigas que tinham o corpo que eu queria ter.
Mas isso apenas me levou a mais sofrimento. É importante amar-me e aceitar-me como sou.
O meu corpo é o meu melhor amigo e odiá-lo é uma grande estupidez.
Tem sido cada vez mais fácil olhar para o meu corpo com amor e deixar de perseguir uma imagem de beleza que a sociedade tem.
O engraçado é que eu achava que era a sociedade que impunha esse padrão, mas era eu que todos os dias incutia aquela ideia a mim mesma.
Quanto mais amo o meu corpo como é, menos noto essas “falhas” e vejo quanto elas contribuem para que eu seja a pessoa perfeita que sou.
Obrigado por este dia repleto de beleza.
Até amanhã!
Ângela Barnabé