Desde que comecei a partilhar a minha experiência relativamente ao que faço profissionalmente, que sou “confrontada” com a questão dos resultados.
Somos criados na cultura do instantâneo, em que se os resultados não forem praticamente imediatos, as coisas não valem a pena e parte-se à procura de algo “para ontem”.
Confesso que ver os resultados o mais depressa possível era algo que eu gostava muito ( e penso que ainda exista uma parte de mim que o prefira), mas consigo ver bem o que isso causa na minha vida.
Os resultados aparecem sempre na hora certa. Posso “bater o pé” e pensar que se algo viesse mais cedo (ou até mesmo mais tarde), mas se isso acontecesse seria um grande caos.
O que acontece muitas vezes é que estou tão focada no quando e como que não vou vendo que o que estou a colher foi semeado lá atrás e nem vou usufruindo daquilo que tenho a oportunidade de viver.
É bom finalmente colher aquela maçã que foi amadurecida na árvore. Sentir o seu aroma e deliciar-me com o seu sabor.
Mas para isso é necessário que a árvore passe por diferentes etapas, cada uma delas com a sua beleza e importância.
Se colher a maçã verde, o seu sabor será diferente.
A natureza sabe o que faz, não só para aquela maçã que desejo comer, mas também para todos os aspetos da minha vida.
Quanto mais cedo aprender essa lição, mais cedo poderei ter a capacidade para, não só comer todas as maçãs que me esperam, como também para apreciar todos os passos que permitem a sua criação.
Obrigado!
Ângela Barnabé