Nos últimos dias a frase “quando se está bem, está tudo bem” tem surgido na minha mente com muita frequência. E essa frase tem despertado algumas reflexões.
Sempre acreditei que algo exterior iria preencher o vazio que eu sentia dentro de mim e que um dia, num momento mágico, iria receber algo que me faria mudar a minha perspectiva da vida e que tudo ficaria bem.
No fundo, olhando para trás, esse momento veio, mas não foi o que eu esperava nem me trouxe a solução que eu pensei que traria.
É possível viver todos os dias na plenitude, apreciando os momentos, agradecendo tudo aquilo que vem até mim e vibrando com todas as descobertas e aprendizagens. Mas não existe nada exterior a mim que faça isso acontecer. O que possibilita isto será sempre uma postura da minha parte, resultante de uma mudança de consciência.
Já tive diante de mim tudo aquilo que eu queria; já tive diante de mim coisas que eu nunca procurei; e nestes momentos senti-me mal, insatisfeita e vazia de alegria pela vida.
Já tive momentos em que a mínima coisa foi motivo para contemplação, em que cada situação causou gratidão e alegria.
A diferença entre um momento de bem-estar e um de mal-estar não é aquilo que acontece; é a minha postura em relação àquilo que está a acontecer.
Quando estou bem, tudo está bem: o foco são as soluções, são a apreciação e valorização de cada momento.
Quando estou mal, tudo está mal: o foco são os problemas, a ingratidão e a insatisfação.
A questão aqui está naquilo que eu decido experienciar e na coerência entre as minhas atitudes e o mundo em que eu quero viver.
Grata por este dia repleto de bem-estar,
Ângela Barnabé