
Tenho observado a trabalheira que é ficar mal: tenho que me esforçar para arranjar motivos para me trazer para um estado tão inferior que é o de mal-estar.
Nas últimas semanas tenho usado as energias que usava para ficar mal, em formas de me sentir bem. As energias que usava para ficar em resistência, transformo-as em energias que permitem desenvolver a minha mente criativa. As energias do medo, que me faziam parar, são usadas para “ultrapassar” aquilo que me amedronta.
Mas, ontem à noite, cometi o “erro” que sempre cometo e que me tira do bem-estar. Permiti que uma simples pergunta, que seis palavras, trouxessem o mal-estar com elas: quanto tempo vai durar este bem-estar?
Logo a seguir o bem-estar que sentia, que foi contínuo durante estas últimas semanas, desapareceu instantaneamente.
E desde então, coisas que me incomodavam e deixaram de incomodar, voltaram a acontecer, como se as cenas anteriores se voltassem a repetir.
No momento em que essa pergunta assomou à minha mente, deixei a dúvida entrar, deixei de usufruir do momento e puf… Tudo mudou.
Não me tinha apercebido do que tinha feito a minha vida dar uma volta, até há momentos atrás quando pensei qual seria o tema da reflexão de hoje.
Não tentei perceber o motivo de nada, apenas me responsabilizei à medida que as coisas iam surgindo, mas interroguei-me sobre o facto de parecer que tinha andado para trás no tempo.
Agora, talvez tenha a resposta, mas o que interessa é que, independentemente do que aconteceu, escolhi usar a minha energia para procurar o bem-estar.
E quanto tempo é que vai durar o bem-estar? Enquanto eu escolher estar bem.
Obrigado por este dia cheio de aprendizagens.
Até amanhã!
Ângela Barnabé