Quando no dia-a-dia o movimento da vida é visível, quando eu consigo observar o fluxo e a forma como as coisas se desenrolam é fácil estar bem e confiar. Mas quando as coisas estão aparentemente paradas e quando até me deparo com situações que julgo ser menos agradáveis, manter uma postura de confiança pode ser mais desafiante.
Se em algum momento, por muito que eu pense que estou bem, alguma situação “mexer comigo” e me “faça” reagir, a verdade é que no fundo aquele “bem-estar” era apenas uma máscara.
Os acontecimentos servem para me mostrar aquilo que eu estou a escolher criar, aquilo que preciso limpar e aquilo que está dentro de mim.
Se eu estou a reagir aos acontecimentos, se apesar de afirmar que confio e que agradeço, na hora da “verdade” continuo da maneira de sempre, a mudança ainda não está completa.
É verdade que é com o treino que vou aprendendo a confiar e que vou largando aquilo a que me agarrei durante tanto tempo. A primeira tendência é fazer como sempre fiz.
Mas quando tenho uma ação que não está em harmonia com aquilo que eu quero criar na minha vida, em vez de me desresponsabilizar ou de me culpar, tenho apenas que limpar e ter consciência que aquilo ainda está dentro de mim.
Se apesar da primeira tendência, eu escolher agir em conformidade com aquilo que faz mais sentido para mim no momento, estarei a contribuir para me libertar da tendência e a dar mais um passo na construção de uma mudança.
Se eu largar e me entregar completamente à vida, a mudança é simples e rápida. Mas como eu ainda estou apegada a conceitos, nem sempre a transformação ocorre dessa maneira.
Grata por este dia repleto de crescimento,
Ângela Barnabé