Quando não se confia na vida, é normal sentirmo-nos desligados dela. Era isso que eu sempre sentia; um constante estado de separação entre mim e as coisas.
Tudo me passava ao lado e mesmo tropeçando em coisas importantes, parecia que não conseguia notar que elas lá estavam.
O medo de me sentir desapontada e dececionada criava em meu redor uma bolha. Não me sentia desapontada, é verdade, mas também não sentia amor, alegria ou qualquer outra coisa que deveria sentir.
Nos últimos dias tenho sentido as coisas de uma maneira diferente, como se estivesse conectada com o que me rodeia. Não é que não esteja sempre conectada (isso estou sempre), mas estando focada muitas vezes naquilo que não interessa desliga-me daquilo que realmente interessa.
Todas as possibilidades estão no mesmo lugar e aqui e Agora tenho a possibilidade de criar tudo aquilo que quero.
Mas como é que eu posso receber aquilo que quero se me encontro em todo o lado, menos no presente? Como é que posso estar preparada para receber aquilo que sempre quis se não me encontro disponível para a vida?
Todos aqueles conceitos que me faziam acreditar que a vida é sofrimento não são verdade. Afastar-me da vida trouxe-me sofrimento. Conectar-me a ela traz-me tudo aquilo que preciso para ser alguém feliz.
Obrigado!
Ângela Barnabé