A insegurança traz consigo diversos comportamentos que não me beneficiam a mim, nem beneficiam o mundo.
Um dos que eu tenho identificado é reconhecer o meu valor desmerecendo os outros. Por outras palavras, tenho tendência para tentar encontrar um ponto em que posso ser superior aos outros para me sentir melhor comigo.
Não é que eu não aprecie o trabalho e o crescimento dos outros; eu não consigo apreciar aquilo que sou sem tentar algum tipo de comparação.
O facto de eu ser boa em alguma coisa não significa que os outros não podem ser bons também. A procura de ser a melhor em algo é um caminho para a autodestruição.
Eu tenho que dar o meu melhor naquilo que faço, assim como os outros devem fazer. Depois consoante as experiências de cada um e a sua partilha, poderemos melhorar todos, num ambiente de aceitação e gratidão.
Somos incentivados a sermos os melhores para sermos alguém como se à partida não fossemos logo merecedores de valorização.
Sempre que eu me apercebo que alguém possa ser tão bom como eu em algo, sinto que de alguma forma tenho que lutar pelo lugar de melhor. Que estupidez tão grande!
Nestes últimos meses tenho-me apercebido de muitos destes pensamentos, graças ao facto de estar a escrever estas reflexões. Tenho estado atenta a mim e de vez em quando “apanho pérolas” como esta.
Tenho consciência que pelo simples facto de ter identificado esta tendência, dei o primeiro passo para mudar e com o treino tenho aprendido a valorizar-me a mim e aos outros sem comparações.
Obrigado!
Ângela Barnabé