Lembro-me de olhar à minha volta e invejar aquilo que os outros tinham. Queria ter outras coisas, ser outra pessoa, ter uma nova vida… Perguntava-me porque é que os outros tinham e eu não. Porque é que os outros eram felizes e eu não.
A resposta, ao contrário do que eu pensava, não estava no destino, nem em nada que eu não pudesse mudar. A resposta estava em mim, na minha postura em relação à vida e na minha consciência.
Eu só posso receber aquilo que dou. Se eu quero receber prosperidade, amor, alegria tenho que dar tudo isso. E para dar tudo isso tenho que ter isso em mim. Seja o que for que eu queira experienciar na minha realidade, tenho que ser “portadora” disso mesmo.
Sempre que eu queria alguma coisa, tentava criá-la a partir de uma postura de falta, como se não fosse merecedora e como se ter aquilo fosse algo quase impossível.
Via a vida como injusta e em vez de saber que se eu queria alguma coisa, isso já existia para mim, vivendo na certeza que iria recebê-la no momento certo, irradiando aquilo que eu queria receber, eu culpava tudo e todos pela minha falta de sorte.
Se eu quero viver num mundo de pessoas amorosas, tenho que eu própria ser amorosa e irradiar amor para tudo o que me rodeia. Não posso esperar que venha alguém e que me dê o amor que me falta.
Só posso dar o que tenho. Só posso receber aquilo que dou.
Obrigado!
Ângela Barnabé