Cada um tem o seu percurso; esta foi uma frase sobre a qual refleti durante o dia de hoje. Esta frase tira-me do julgamento e permite-me aceitar a forma de ser daqueles que me rodeiam e daqueles dos quais tenho conhecimento.
Posso falar de experiência, mencionando aquilo que foi resultando ou não resultando comigo e posso permitir que os outros aprendam com os meus erros e com os meus “acertos”. Posso também aprender com a experiência dos outros e trilhar o meu próprio caminho.
Eu tenho o meu percurso a fazer, assim como todos os habitantes deste planeta. É uma grande arrogância da minha parte pensar que sei o que é melhor para os outros, principalmente quando eu não sei o que é melhor para mim mesma.
Aquilo que sei é que a única coisa em que me tenho que focar é em estar bem. Nesse estado de bem-estar de certeza que irei respeitar e aceitar todos os percursos de vida; seja o meu, seja o dos outros. Essa postura também me permite, através da perspetiva do observador, não ancorar determinados conceitos e julgamentos sobre os outros, e assim permitir que tudo flua da forma que tem que ser, ou seja, da melhor forma para mim e para toda a humanidade.
Algo que foi muito presente ao longo deste ano, foi o facto
de que cada dia pode (e deve ser) o melhor dia da minha vida.
Isto é algo que eu tenho vindo a pôr em prática desde o início da minha jornada de mudança e tenho visto os resultados ao longo de todo este tempo. Cada ano é melhor que o anterior, cada dia é mais fantástico que o anterior e sinto-me cada vez melhor com o que a vida me traz.
É fácil “cair na asneira” de pensar que é que o que acontece
que me faz sentir isto ou aquilo, mas na verdade aquilo que eu sinto em relação
ao que acontece é o que dita os resultados.
Todos os dias existem situações a trabalhar, seja uma conta
para pagar, um telefonema a fazer, um compromisso marcado. Dentro dessas situações,
que podem ser ou não planeadas, a postura de aceitação deve estar sempre
presente.
Se isto não acontecer, tornamo-nos vítimas dos
acontecimentos e ainda que o que está a acontecer seja melhor do que aquilo que
queríamos, tudo fica transformado em algo cada vez pior.
É por isso que aceitar o que acontece no dia-a-dia, sabendo que o que acontece tem sempre um propósito, faz com que cada momento flua e que cada dia seja cada vez melhor.
Os planos e o controlo só servem para estragar aquilo que a
vida tem melhor para me dar.
Encontro-me neste momento num lugar maravilhoso na minha
vida. Sinto-me realizada com aquilo que faço e satisfeita com as minhas
decisões.
Se há 8 anos me tivessem dito que estaria nesta posição
provavelmente chamaria louco a quem me dissesse isso, porque nunca poderia
imaginar que isto seria possível.
Mas aqui estou eu hoje, maravilhada com tudo o que me rodeia. E quanto mais maravilhada fico, mais maravilhas tenho para observar e agradecer.
Ontem escrevi sobre relações e sobre como a minha autoestima influencia a forma como me relaciono com os outros e comigo mesma. Uma boa autoestima pressupõe uma ausência, ou pelo menos, o mínimo possível de julgamento em relação a mim mesma e consequentemente em relação às pessoas que me rodeiam.
Sem julgamento existe uma aceitação plena daquilo que acontece, daquilo que sou, penso ou faço e dos outros; das ações, dos comportamentos e de tudo o que possa ser observado e sentido em relação àqueles que vivem junto a mim.
Este conceito de não julgamento, que é substituído por aceitação, é algo urgente de ser aplicado, mas também é algo que requer treino diário.
A forma como eu fui educada, que é semelhante à de muitos outros, formatou-me para o julgamento. Sempre encarei os outros com uma postura de análise, para ler as intenções e a maneira de ser de cada um.
Sendo que também fui educada para a crença de que o mundo é um lugar perigoso, no qual todos tentam tirar partido dos outros, esse comportamento de observação a que aqueles que se cruzavam comigo eram sujeitos estava carregado de preconceitos e claro nenhum deles beneficiava a imagem de ninguém.
Tendo em mente que aquilo em que eu me foco e aquilo que irradio é aquilo que eu vou colher, não é de admirar que a maioria das pessoas que conhecia acabavam por tentar tirar partido de mim. Mas não é bem aí que quero chegar hoje.
Quem sou eu para julgar, rotular ou analisar quem quer que seja? Como é que eu, repleta de preconceitos, com uma visão embaciada por filtros e por uma vontade de ver tudo à minha maneira, posso querer dar algum veredicto sobre alguém ou alguma coisa?
A única coisa que eu posso e realmente devo fazer é aceitar plenamente cada pessoa, começando por mim mesma.
Aceitar não é concordar, não é tolerar, nem tentar impor qualquer tipo de mudança no outro na esperança de o melhorar.
Aceitar é olhar para cada pessoa com uma visão limpa, agindo sempre em harmonia com o mundo onde quero viver e que, aos poucos, com as mudanças que vou concretizando em mim mesma, crio e alimento.
Quanto mais substituo o julgamento por aceitação, mais vejo o quão ignorante é querer julgar o que quer que seja e mais fico maravilhada com aquilo que existe para lá da cortina dos conceitos pré-concebidos e rótulos que fui criando ao longo dos anos.
Grata por este dia em que tive a oportunidade de treinar a aceitação,
Durante muito tempo pensei no quão seria bom poder voltar atrás no tempo para fazer as coisas de forma diferente. Imaginava como seria se eu tivesse tido a capacidade de lidar com as coisas com aceitação e gratidão em vez de lidar com resistência, como fiz na altura.
O que eu não entendia é que o facto de eu estar a ver uma forma diferente de agir foi causado pela minha maneira de agir inicial (aquela à qual eu resistia).
A vida é um treino constante e as aprendizagens acontecem em todos os momentos.
A possibilidade de ver as coisas de uma forma diferente vem de todas as decisões que eu tomei, de todos os passos que eu dei e de todos os caminhos que eu escolhi.
Apenas posso melhorar algo que já foi feito e é por isso que estou onde estou hoje.
No passado fiz o melhor que podia e principalmente o melhor que sabia. Hoje, com toda essa experiência, posso escolher fazer algo melhor e abro as portas para uma mudança que ocorre a cada dia que passa.
Percorri caminhos mais difíceis e adiei bastantes decisões. Escolhi uma vida diferente e permiti que a mudança acontecesse.
Tudo isso faz parte de quem eu sou. Quanto mais rapidamente largar qualquer resistência em relação àquilo que fiz e aceitar todo o meu percurso, mais rapidamente poderei abrir caminho para uma melhoria cada vez maior e começar a palmilhar o mais fluído caminho de todos: a Aceitação.
Durante muito tempo foquei-me nas minhas limitações. Ocupava a minha mente com os aspetos que não gostava em mim, desesperada para que ocorresse uma mudança.
Só há pouco tempo é que me apercebi que fazia isso, mesmo sabendo que o primeiro passo para mudar é aceitar.
Gostar de mim é sinónimo de aceitar todos os meus traços, mas isso não invalida a mudança.
Hoje vi uma fotografia minha de 2007, quando tinha apenas 11 anos. Observei a alegria no olhar daquela criança, uma alegria que nunca pensei voltar a experienciar.
Mas agora neste momento, enquanto escrevo este texto sinto alegria. Os meus dias estão repletos de sentido e felicidade.
Com o tempo tenho vindo a aceitar-me e a largar tudo aquilo que só me traz sofrimento. Tenho criado sonhos, projetos e principalmente tenho estado focada em viver o momento presente e a valorizar tudo aquilo com que sou presentada.
Todas as possibilidades estão aqui, neste lugar.
Ainda que tenha escolhido durante muito tempo ser a minha própria inimiga, hoje cultivo uma relação cada vez melhor comigo mesma.
A mudança começa com a aceitação, porque através dela posso escolher a partir de um lugar de amor.
Enquanto quis mudar as coisas para que pudesse gostar de mim, estava numa postura de resistência àquilo que eu precisava trabalhar.
Mas quando gosto de mim e me permito ser uma pessoa melhor para mim, tudo muda e passo gostar cada vez mais de mim, dos outros e da vida.
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