É preciso aceitar e não julgar – Diários de Mudança
Quando esta reflexão surgiu na minha mente era direcionada para a minha relação com os que me rodeiam. E faz sentido; a melhor postura que eu posso ter é a de aceitação e não a de julgamento àqueles que partilham esta jornada comigo.
Mas agora enquanto a escrevo, levo esta reflexão um pouco mais longe. É preciso aceitar não só os outros como também é preciso aceitar-me e não entrar em julgamento comigo mesma.
Posso tentar praticar o aceitar os outros, os seus comportamentos, aquilo que dizem e pensam, mas se só dou aquilo que tenho, como posso fazê-lo se não o faço comigo mesma?
Claro que vendo as “coisas de fora”, de uma postura de observador e de não envolvimento é mais fácil sair do julgamento e não me deixar levar por pensamentos que destruam e impeçam o fluxo.
Mas quando as coisas acontecem do meu lado e quando está em causa algo que eu fiz, muito maior é a tendência para entrar a crítica e o julgamento. Quando se junta o perfecionismo à história, tudo se complica ainda mais.
Tem sido um treino largar o julgamento e deixar entrar a aceitação. Tomo cada vez mais consciência de que aquilo que eu vejo na minha realidade é uma projeção de mim mesma e aquilo que eu sinto em relação aos outros é reflexo daquilo que eu sinto em relação a mim.
Mas é cada vez mais fácil fazê-lo, ou pelo menos, é mais fácil estar em sintonia comigo mesma para entender se o que estou a praticar é a aceitação ou o julgamento.
Se me sinto bem, em fluxo com a vida e em harmonia com os acontecimentos, estou a aceitar.
Se me sinto mal, em resistência à vida e ansiosa com o que pode acontecer, estou a julgar.
Obrigado!
Ângela