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Aquilo que eu realmente preciso – 3 de 365

Por muito que eu pense que tenho uma ideia do que é bom para mim, a verdade é que a minha consciência ainda se encontra limitada e que não é possível, neste momento, ter uma visão ampla das coisas que me trarão benefício.

Se analisar a forma como ajo, o que penso diariamente e aquilo que vou sentindo, consigo identificar diversos momentos em que não me encontro em sintonia com o processo e fluxo da vida.

Procuro adiar passos fundamentais para o meu crescimento; alimento medos e inseguranças e ainda dou espaço à dúvida; e uma parte de mim ainda procura realização em coisas exterior.

Ao enumerar tudo isto não me sinto mal com estes comportamentos, porque sei que a mudança ocorre através de um processo e é preciso treinar no dia-a-dia a criação de novos comportamentos, mas não posso negar que tudo isto afeta as minhas escolhas e o meu discernimento.

Então como é que eu posso guiar a minha vida se não estou na condição de escolher o que é melhor para mim?

A resposta para esta pergunta é confiar. Confiar que aquilo que vem até mim é aquilo que eu realmente preciso.

Algo que preciso para melhorar algum aspeto em mim, para aprender alguma lição ou até mesmo para aprimorar o meu estado de forma a poder usufruir ao máximo daquilo que são os meus objetivos.

Não é importante buscar o motivo pelo qual as coisas acontecem na minha vida, nem procurar qual é o benefício que posso tirar da situação. Isso é voltar ao ponto de partida.

Tem que haver uma entrega e uma certeza de que o que acontece é o melhor para mim e ainda que eu não saiba muito bem o que algo me está a trazer, agir em sintonia com a realidade que quero experienciar.

Se me quero sentir mais segura, devo agir com segurança. Se quero criar um mundo de amor, tenho que ter o amor em conta quando ajo. Se quero ser uma pessoa melhor, tenho que procurar permitir a melhoria em cada momento, em cada situação.

Grata por mais um dia repleto do que preciso,

Ângela Barnabé

Agir de forma diferente – 262 de 365

Durante muito tempo pensei no quão seria bom poder voltar atrás no tempo para fazer as coisas de forma diferente. Imaginava como seria se eu tivesse tido a capacidade de lidar com as coisas com aceitação e gratidão em vez de lidar com resistência, como fiz na altura.

O que eu não entendia é que o facto de eu estar a ver uma forma diferente de agir foi causado pela minha maneira de agir inicial (aquela à qual eu resistia).

A vida é um treino constante e as aprendizagens acontecem em todos os momentos.

A possibilidade de ver as coisas de uma forma diferente vem de todas as decisões que eu tomei, de todos os passos que eu dei e de todos os caminhos que eu escolhi.

Apenas posso melhorar algo que já foi feito e é por isso que estou onde estou hoje.

No passado fiz o melhor que podia e principalmente o melhor que sabia. Hoje, com toda essa experiência, posso escolher fazer algo melhor e abro as portas para uma mudança que ocorre a cada dia que passa.

Percorri caminhos mais difíceis e adiei bastantes decisões. Escolhi uma vida diferente e permiti que a mudança acontecesse.

Tudo isso faz parte de quem eu sou. Quanto mais rapidamente largar qualquer resistência em relação àquilo que fiz e aceitar todo o meu percurso, mais rapidamente poderei abrir caminho para uma melhoria cada vez maior e começar a palmilhar o mais fluído caminho de todos: a Aceitação.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Agir em vez de reagir – 234 de 365

reagir

Muitas vezes justifiquei as minhas ações com coisas exteriores. Parecia mais fácil, pois assim eu deixava de ser responsável pelo que fazia e podia culpar os outros, as situações e a vida pelo meu estado num dado momento.

Mas a verdade é que viver dessa maneira não é viver. É andar ao sabor dos ventos, é sobreviver, é resistir; é tudo menos aquilo para o qual acordo todos os dias.

Sempre que algo acontece eu devo agir e não reagir. Agir pressupõe uma ação consciente e muitas vezes uma mudança em relação àquilo que sempre aconteceu.

Reagir é seguir aquilo para o qual sempre fui condicionada e perpetuar aquilo que sempre me deu sofrimento.

Não consigo agir sempre e na maior parte das vezes limito-me a reagir. Mas no momento em que me apercebo do que estou a fazer escolho tomar uma ação em vez de me limitar a uma reação.

As coisas que me acontecem são aquilo que eu preciso e quanto mais rápido eu aprender a lidar com isso e usar cada situação como uma aprendizagem, mais rápido poderei usufruir da vida e apreciar tudo o que me rodeia.

Agir é um ato de responsabilidade. Reagir é ser “Maria vai com as outras” e impedir que uma verdadeira mudança ocorra.

Obrigado!

Ângela Barnabé

Quando é o momento certo? – 224 de 365

quando é o momento certo

Já dei por mim muitas vezes a hesitar agir com medo de não ser o momento certo. Pensava, refletia e dava voltas à cabeça para que pudesse ter a certeza que era a melhor altura para agir.

O resultado era quase sempre o mesmo: ficava tão embrulhada na dúvida que ou decidia não agir ( e sentia-me culpada) ou agia, mas com o medo do que poderia acontecer, acabava por bloquear todo o processo.

A melhor ( e talvez a única forma) de garantir que é o momento certo para agir é confiar e viver no Agora.

Se eu estiver no Agora não irei estar a pensar no que pode acontecer no futuro e estarei liberta de toda a carga emocional que eu criei no passado. Se eu confiar poderei agir sabendo que estou no lugar certo, no momento certo a fazer a coisa certa.

Quando é o momento certo, na verdade? É Agora.

É agora que devo começar a praticar aquilo que quero experienciar. É agora que devo pôr ação nos meus objetivos. É agora que devo confiar e agir.

O momento certo para viver é sempre agora e se confiar na vida sei que estarei sempre a fazer as coisas no momento certo.

Obrigado!

Ângela Barnabé

O primeiro impulso – 168 de 365

impulso

Quando comecei a mudar a minha maneira de ver a vida, comecei também a mudar os meus hábitos e a forma como agia. Mas, nem sempre a tendência era para agir consoante a nova consciência.

Aliás, mesmo hoje, por vezes dou por mim a resistir em vez de fluir; negar em vez de aceitar; vitimizar-me em vez de me responsabilizar…

O primeiro impulso é fazer as coisas da maneira que sempre fiz (ainda que eu saiba que isso não funciona), mas o que contribui mais para o resultado final e para o desenrolar de uma  de situação é se eu continuo com a tendência ou se decido agir de uma maneira diferente.

Por exemplo, vamos imaginar que eu sempre fico irritada quando tenho que ficar numa fila de espera. Quando me deparo com uma fila, a primeira tendência pode ser a irritação, mas rapidamente posso transmutar isso para algo diferente.

Posso escolher praticar a aceitação e aprender a lidar com o facto de estar numa fila.

O importante é escolher conscientemente. Essa escolha pode não ser a primeira e pode não surgir imediatamente, mas devo fazê-la o mais rapidamente possível.

Se alimento o padrão antigo ele continuará a prosperar na minha vida. Mas se eu mudar as minhas decisões sempre que tenho essa oportunidade, uma nova consciência será alimentada e aos poucos será a única a existir.

Obrigado!

Ângela Barnabé

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